Em um artigo completamente desonesto publicado nesta terça-feira, 2, Merval Pereira, jornalista do Grupo Globo, traçou um paralelo ridículo entre os governos do recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, e do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pereira aponta para um uso comum do populismo nas gestões de ambos, apesar das imensas e claras diferenças ideológicas.
O jornalista afirma de forma despudorada que Milei e Lula, cada um a sua maneira, utilizam estratégias para influenciar o Congresso na aprovação de medidas cruciais para seus respectivos governos.
Merval cita uma atuação teatral de Milei, que ameaça com uma revolta popular caso seu projeto ultraliberal denominado de ‘Omnibus’ não seja aprovado e insinua que o governo do presidente Lula adota essa mesma estratégia.
Saindo desse imaginário mergulhado no delírio de Merval, a realidade é que Lula é criticado até mesmo por aliados pelo seu pragmatismo, por vezes exagerado, com um Congresso Nacional majoritariamente conservador e reacionário. O que logicamente não é a mesma situação do atual chefe de estado argentino.
“Os dois, cada um à sua maneira, usam as armas que têm para pressionar o Congresso e obter a aprovação de medidas que consideram indispensáveis para o prosseguimento de seus planos. Embora Milei seja mais histriônico e ameace diretamente o Congresso com uma revolta popular caso não consiga a aprovação de seu ‘Omnibus’, o governo petista não deixa de ser mais agressivo na decisão de enviar ao Congresso uma Medida Provisória decretando justamente o contrário do que os parlamentares acabaram de decidir”, disparou Merval.
O colunista da família Marinho também falou sobre a trajetória política na Argentina, onde diferentes facções do peronismo dominaram a cena, e agora Milei emerge como uma figura “promissora”, prometendo a famigerada “renovação” pela extrema-direita.
Vamos lembrar que o Grupo Globo, onde Merval ainda encontra espaço para escrever suas bobagens, sempre tratou Milei como um “libertário” e não como uma figura carimbada na realidade, ou seja, um fascista de primeira linha.
Voltando ao texto de Merval, ele compara esse “populismo” de Milei com o presidencialismo brasileiro, ressaltado por plebiscitos, e a imagem de Lula como “pai dos pobres” e “salvador da pátria”, repetindo um discurso de estigma e preconceito de uma parte da nossa elite com Lula, uma liderança política com raizes no sindicalismo e nos movimentos populares.
Por fim, o artigo de Merval Pereira encerra com uma visão “crítica” sobre a capacidade de ambos os presidentes enfrentarem resistências no Congresso. Ele sugere que nem Milei nem Lula possuem força suficiente para impor completamente suas vontades, enfatizando os desafios enfrentados pelos governos na América do Sul.
“Nem Milei parece ter mais força para impor suas vontades a uma população assustada — incapaz de entender que a motosserra cortaria também sua carne —, nem Lula tem condições de impor ao Congresso uma humilhação como a que propôs, restabelecendo o veto em matéria já decidida pelos parlamentares”.
Patético!