China revela potencial de armas de energia cinética para destruição de tanques dos EUA

Sergei Supinsky/AFP - 17.4.2022

Cientistas chineses conduzem avaliação detalhada sobre o impacto de armas cinéticas em blindados dos EUA

Em um estudo recente realizado por cientistas chineses, foram realizados testes detalhados para avaliar a capacidade de dano das armas de energia cinética contra os blindados militares dos Estados Unidos. Os resultados surpreenderam ao demonstrar que, mesmo quando não aparentavam sinais externos de danos, era possível destruir um tanque de uma só vez.

Liderada por Huang Jie, do Instituto Aerodinâmico de Hipervelocidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Aerodinâmico da China, a equipe de pesquisa descobriu que uma esfera sólida com peso de 20 kg, lançada a uma velocidade cerca de quatro vezes superior à do som, poderia representar uma ameaça letal para os tanques avançados fabricados sob os padrões militares dos EUA.

A energia cinética transportada por tal projétil foi calculada em cerca de 25 megajoules, uma quantidade que, embora possa parecer relativamente pequena em termos de energia elétrica, é capaz de causar danos irreparáveis aos tanques.

A pesquisa revelou que, embora a aparência externa do tanque pudesse permanecer aparentemente intacta, seu funcionamento interno era gravemente comprometido. Em particular, os parafusos que ligam componentes essenciais à parede interna da cabine poderiam se romper, tornando impossível para a tripulação restaurar o tanque ao seu estado de combate.

As descobertas do estudo foram publicadas em 8 de dezembro na revista especializada “Equipment Environmental Engineering” e destacaram a vulnerabilidade do equipamento militar tradicional diante das novas tecnologias de armas.

A pesquisa também apontou que projéteis cinéticos de alta velocidade têm o potencial de causar danos letais, mesmo em impactos superficiais, e suas capacidades de lançamento podem variar.

Recentemente, cientistas navais chineses relataram o desenvolvimento de um canhão de bobina eletromagnética, capaz de disparar esferas pesadas a velocidades incríveis em rápida sucessão.

Embora sua aparência possa parecer rudimentar, especialistas militares consideram essa tecnologia uma virada de jogo, uma vez que a eletricidade está substituindo a pólvora como força motriz por trás das armas letais.

No entanto, a equipe de Huang enfatizou que avaliar os danos causados por projéteis cinéticos é um desafio complexo, uma vez que a onda de choque gerada pelo impacto percorre todo o veículo de forma altamente complexa, concentrando o estresse em áreas críticas, como parafusos e componentes internos.

Embora o estudo não tenha abordado o impacto nas tripulações dos tanques, pesquisas anteriores sugerem que os danos causados por projéteis cinéticos podem resultar em ferimentos que variam de leves a graves, tornando-os incapazes de executar operações de combate.

O estudo ressaltou a necessidade de reavaliar as estratégias de defesa diante dessas ameaças emergentes.

Com informações da South China Morning Post

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