Na última quarta-feira, 27, o governo federal anunciou que o salário mínimo para o próximo ano será de R$ 1.412, valendo a partir de 1º de janeiro. Essa quantia representa um aumento de 6,8% em relação ao valor atual de R$ 1.320.
Esse aumento no salário mínimo considera uma inflação de 3,85% e um adicional de 3%, refletindo o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022.
O reajuste foi possível graças às diretrizes do Grupo de Trabalho de Valorização do Salário Mínimo, criado em fevereiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo usou a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior e o crescimento do PIB para calcular o novo valor.
Além do aumento no salário mínimo, o governo também promoveu mudanças na política do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Em agosto, foi aprovada uma lei que ampliou a faixa de isenção do IRPF. Agora, quem ganha até R$ 2.640 por mês está isento do imposto, um aumento em relação à faixa anterior de R$ 1.903,98. Para aqueles que não são isentos, há a opção de um desconto simplificado de R$ 528 sobre o imposto devido.
Essa mudança na faixa de isenção do IRPF já tem impacto nos descontos desde setembro de 2023. O presidente Lula assegurou que, até o final de seu mandato, a isenção do IRPF será estendida para rendimentos de até R$ 5.000 por mês. A última atualização na tabela do IRPF ocorreu em 2015, e desde então, com uma inflação acumulada de cerca de 50%, não houve outros reajustes.