O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, revelou em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá como principais focos em 2024 a regulamentação da reforma tributária e a implementação de reformas microeconômicas.
Em um bate-papo descontraído, Padilha destacou que essas prioridades serão debatidas com os ministérios em janeiro e oficializadas no início de fevereiro.
“Estamos focando de forma absoluta na regulamentação da reforma tributária. Nosso objetivo é continuar trabalhando para reformas que melhorem a economia do país, tornando o crédito mais acessível e barateando os custos”, afirmou o ministro.
Além disso, Padilha ressaltou a importância da transição ecológica e da implementação de políticas sociais aprovadas neste ano. Esses temas também serão debatidos no início do ano que vem. “A transição ecológica é um assunto prioritário para nós”, acrescentou.
Ao avaliar o desempenho do governo em 2023, Padilha elogiou a retomada da relação entre o Executivo e o Congresso. Ele criticou a gestão anterior por uma parceria “tóxica” com os parlamentares e destacou que as mudanças ministeriais realizadas ao longo do ano foram fundamentais para avançar na agenda do governo.
Sobre possíveis mudanças ministeriais em 2024, Padilha negou que haja uma reforma ministerial planejada, indicando que o presidente Lula está avaliando o desempenho de cada ministro antes de tomar decisões.
“Mudar ministros ao longo do ano foi positivo. Isso proporcionou mais coesão e permitiu avançar ainda mais na agenda”, afirmou o ministro.
Padilha também abordou a substituição do ex-ministro Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública, ressaltando que não há uma data definida para o anúncio do sucessor e que Lula tomará a decisão no “tempo dele”. O governo, ao longo deste ano, realizou mudanças ministeriais visando ampliar sua base de apoio no Congresso, como as alterações nos Ministérios do Esporte e de Portos e Aeroportos.
Em resumo, o governo Lula entra em 2024 com foco na economia, sustentabilidade e avaliação cuidadosa das ações ministeriais para impulsionar seus objetivos políticos e sociais.