Lula deu início ao Prosub em seu segundo mandato na Presidência, em 2008. Programa gera 60 mil empregos, segundo a Marinha
Publicado em 28/12/2023
Diário do Porto — A Marinha do Brasil pretende fazer no início de janeiro a entrega do segundo submarino construído pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). O programa, que completou 15 anos neste mês, teve origem em acordo firmado com a França pelo presidente Lula em 2008, em seu segundo mandato.
Neste ano, o grande marco do Prosub ocorreu em outubro, quando foi feito o corte da primeira chapa que levará ao processo de construção do futuro submarino de propulsão nuclear. Esse é o objetivo máximo do programa e tem previsão para ser concluído na próxima década.
Graças ao acordo de transferência tecnológica celebrado por Lula, o Prosub construiu uma base naval e um estaleiro, em Itaguaí, a 50 km do Centro do Rio. Ali, foram instalados infraestrutura industrial e de apoio à operação e manutenção de submarinos, iniciando a construção de quatro submarinos convencionais da classe “Riachuelo”. Um já está em operação, o segundo será entregue em janeiro e os outros dois seguem em diferentes fases de montagem, com conclusão prevista para 2025. Ainda não foi anunciado se Lula estará presente na entrega do segundo submarino.
Prosub gera 60 mil empregos diretos e indiretos
Segundo a Agência Marinha de Notícias, o Prosub possibilita a geração de, aproximadamente, 60 mil empregos diretos e indiretos, além do intercâmbio com mais de 18 universidades, instituições de pesquisa e 400 empresas.
O Prosub, que faz parte do Programa Nuclear Brasileiro, também cria a possibilidade de nacionalização de sistemas e equipamentos, além da capacitação de empresas como fornecedoras independentes. As principais tecnologias envolvidas no segmento nuclear do Programa também têm uso civil, o que pode trazer benefícios para outros setores como medicina, agricultura, energia e produção de alimentos.
A Marinha considera que uma frota moderna de submarinos é essencial para a vigilância do mar territorial brasileiro, que os militares chamam de “Amazônia Azul”. É por essa área marítima que passam 95% das exportações e importações do país, e onde estão 90% das reservas de petróleo nacional.
Paulo
28/12/2023 - 23h08
Parece-me, claramente, que é um avanço, mas ainda muito tímido. O Brasil precisa se capacitar militarmente em grande escala. O tempo urge…