Prates rechaça proposta de teto para exploração de petróleo

Agência Petrobrás

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, falou nesta quinta, 28, sobre a importância de conversar mais antes de decidir limitar a produção de petróleo no Brasil.

Ele acha essencial que o país continue buscando novos lugares para explorar petróleo, para não depender de importação no futuro.

Esta declaração vem depois de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, sugerir na entrevista ao Financial Times que o Brasil deveria ter um limite na exploração de petróleo.

Prates, em entrevista à GloboNews, comentou: “Só colocar uma bandeira, dizer que o petróleo é feio e tem que acabar tal ano é muito pouco”.

Ele não é contra um teto para a produção, mas acha que essa decisão deve incluir discussões sobre consumo, uso de florestas, terra e mar, e o que substituiria o petróleo.

“O Brasil ainda tem muito que pensar antes de estabelecer um teto para o petróleo”, disse ele, garantindo também que não há conflito entre a Petrobras e a ministra Marina Silva.

Prates também defendeu a busca por petróleo na Bacia de Foz do Rio Amazonas, uma área de grande potencial, mas com desafios socioambientais.

O Ibama negou licença para a Petrobras perfurar na região em maio, e a empresa pediu para reconsiderar.

Segundo Prates, a produção da Petrobras deve atingir seu pico em 2032.

“Se o pré-sal acabar em 30, 35 anos, e o petróleo ainda for necessário, o Brasil teria que importar, o que não traria benefícios como royalties e empregos”, explicou.

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