A Polícia Federal está conduzindo investigações sobre pelo menos três usuários de redes sociais por ameaças direcionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As postagens investigadas, publicadas na última segunda-feira, mencionavam a aquisição de um “rifle de precisão” e a organização de uma vaquinha para contratar um mercenário.
Em um outro post, o autor zombava de usuários que encaminhavam suas mensagens para o ministro da Justiça, Flávio Dino, solicitando providências.
A instauração do inquérito pela PF foi uma decisão do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.
“Hoje estou enviando um ofício à Polícia Federal para que seja investigada uma ameaça ao presidente Lula nas redes sociais, mencionando ‘rifle de precisão’ e ‘vaquinha para tal’. As redes sociais não podem e não serão palco para incentivar crimes contra autoridades”, declarou Cappelli no X, antes conhecido como Twitter.
O mesmo indivíduo que fez as ameaças também comentou um post do deputado federal Nikollas Ferreira (PL-MG) sobre o presidente Lula.
Não é novidade o presidente Lula ser alvo de hostilidades na internet. Em janeiro, um homem foi detido em Roraima devido a um comentário em uma rede social.
Ele sugeriu que ‘era hora de atirar na cabeça dele’, referindo-se a uma visita do presidente ao estado.
Em agosto, um agricultor foi capturado no Pará após, conforme a Polícia Federal, relatos de que ele planejava um ataque contra o presidente durante uma visita de Lula.
Ataque hacker contra a primeira-dama
A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, também sofreu ataques online. No começo deste mês, sua conta no X foi invadida, e o hacker postou ataques misóginos e conteúdos ofensivos a Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um jovem de 17 anos admitiu ser o responsável pela invasão do perfil de Janja da Silva no X e disse que obteve informações do e-mail e senha da primeira-dama através de um vazamento de dados na web. Ele confessou ter feito mais de 30 postagens ofensivas.
Outro jovem também foi investigado pela Polícia Federal. O inquérito revela que ambos pertencem a comunidades de “incel”, termo que designa indivíduos que se identificam como “celibatários involuntários”.
O termo “incel” é geralmente associado a homens que participam de fóruns online para discutir suas frustrações por não conseguirem estabelecer relações sexuais ou amorosas.
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