Decretaço de Milei destrói o setor de petróleo da Argentina

O novo presidente da Argentina, Javier Milei, está agitando as coisas no setor de petróleo. Ele quer acabar com muitos anos de controle do governo, liberando as exportações de petróleo e deixando os preços dos combustíveis nas mãos do mercado.

Nesta quarta-feira, Milei apresentou um decreto ao Congresso, parte de seu plano para deixar a economia menos controlada pelo governo desde que assumiu em 10 de dezembro.

Seu projeto impacta vários setores, mas chama atenção especialmente para o petróleo.

Milei quer mudar as regras antigas que garantem combustível barato na Argentina. As regras atuais deixam o governo mexer nos preços e dão vantagem para as refinarias locais nas exportações. Isso tem atrapalhado o crescimento de Vaca Muerta, uma grande reserva de xisto.

Pela proposta de Milei, as exportações seriam livres, sem o governo fixando preços no mercado interno. “Os preços da energia vão seguir os valores internacionais”, disse a Bloomberg, Juan Jose Carbajales, especialista em energia

Isso também beneficia as empresas de petróleo, como a YPF SA, que Milei quer privatizar, e outras grandes produtoras em Vaca Muerta, incluindo a Chevron.

Mas o projeto de Milei pode enfrentar resistência no Congresso, onde seu partido é minoria.

Enquanto o debate acontece, Milei já planeja liberalizar o mercado de petróleo, deixando produtores e refinarias negociarem preços livremente, segundo fontes.

O porta-voz de Milei não foi encontrado para comentar.

Na Argentina, o preço do petróleo de xisto foi US$ 58 por barril no último trimestre, enquanto o Brent chegou a US$ 86, segundo a YPF.

Os preços da gasolina na Argentina subiram desde a eleição de Milei, mas ainda são dos mais baratos do mundo, segundo o GlobalPetrolPrices.com.

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