BNDES investe em energia limpa e apoia exploração de petróleo

AGÊNCIA BRASIL

O BNDES é um banco que ajuda o Brasil a crescer e a cuidar do meio ambiente. A diretora do banco, Luciana Costa, falou sobre os projetos que o BNDES está fazendo para usar energias que não poluem o ar e o clima, como o vento, o sol, o lixo e as plantas. Ela disse que o BNDES já faz isso há 15 anos e que agora está de olho em uma novidade: o hidrogênio verde, que é um gás que pode ser usado como combustível e que não solta fumaça.

“O BNDES financia a transição energética há 15 anos, participou de todo o ciclo de renováveis no Brasil. Eólica e solar são o nosso dia a dia. Agora estamos olhando para onde o banco vai. Estamos olhando para biocombustíveis e, obviamente, para hidrogênio verde. (…) Já mapeamos mais de US$ 30 bilhões em memorandos de entendimento de projetos de produção de hidrogênio verde assinados por vários clientes no Brasil, em diferentes estágios de maturação”, disse a diretora em entrevista ao portal Reset.

Em 2023, o BNDES liberou dinheiro para quatro projetos que vão transformar o lixo e as sobras das plantações em biometano, que é um gás que pode substituir o óleo diesel nos carros e nas fábricas. Um desses projetos vai ser feito no maior lixão do Brasil, que fica em São Paulo. Outros dois vão ser feitos no Rio Grande do Sul, usando o lixo das cidades. E o último vai ser feito em São Paulo, usando o que sobra da produção de açúcar e álcool.

Luciana Costa também disse que o BNDES não vai deixar de apoiar o petróleo, que é uma fonte de energia que ainda é muito usada no mundo. Ela disse que o Brasil tem muito petróleo no fundo do mar e que é melhor explorar esse petróleo do que comprar de outros países.

Ela disse que a Petrobras, que é a empresa que tira o petróleo do mar, é mais eficiente e polui menos do que outras empresas. Ela disse que o petróleo vai ajudar a pagar pela transição para as energias limpas e que o BNDES quer que essa transição seja justa e não prejudique as pessoas que trabalham com o petróleo.

“Acho que a gente tem, sim, que fazer a pesquisa exploratória, porque durante o phase down do petróleo para a transição energética nós precisamos disso. A demanda por energia existe, enquanto escalamos a oferta de substitutos para o petróleo. Se o mundo simplesmente reduzir a oferta, o preço do petróleo dispara. O Brasil tem o pré-sal, com 14 bilhões de barris de óleo equivalente provados”, explicou.

“Mas em algum momento, depois de 2032, 2033, a curva de produção vai cair. Se não abrirmos uma nova fronteira, o Brasil tem o risco de se tornar importador de petróleo. Na Margem Equatorial, é estimado que existam 10 bilhões de barris de óleo equivalente, algo que tem que ser pesquisado e confirmado”, lembrou.

“Primeiro o mundo vai parar de produzir petróleo nos campos que são menos competitivos e a Petrobras é mais competitiva. Além disso, enquanto as emissões de gases de efeito-estufa do escopo 3 [que diz respeito ao consumo dos derivados do petróleo] são iguais para todo mundo, nos escopos 1 e 2, que dizem respeito a como está sendo explorado e produzido o petróleo, a Petrobras também é mais competitiva em carbono. Então, seria pior importar petróleo. A indústria do petróleo é parte da equação da transição e a transição energética justa é não deixar ninguém para trás e não aumentar a pobreza e o risco de insegurança energética”, completou.

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