O governo do Estado de São Paulo, sob a liderança do ex-militar Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrenta críticas e preocupações devido ao aumento de 20% na letalidade policial desde o início de sua gestão. Este aumento rompe com uma tendência de três anos de queda nos índices de letalidade e coincide com uma série de decisões controversas e a implementação de políticas de segurança mais rigorosas.
A administração de Tarcísio, que assumiu com a promessa de uma ruptura nas políticas de segurança pública de seu antecessor João Doria, tem adotado uma abordagem que alguns veem como uma inclinação à direita. A nomeação de um ex-policial conhecido por suas ações extremas na Rota para a secretaria responsável pela área sinaliza uma mudança significativa na direção da política de segurança pública do estado.
No entanto, o primeiro ano do governo Tarcísio foi marcado não apenas pelo aumento na letalidade policial, mas também por cortes orçamentários em iniciativas vitais, como a redução de 37% nos fundos destinados a câmeras corporais para policiais. Esta decisão foi particularmente questionada após a Operação Escudo, uma das ações policiais mais letais do estado, na qual 28 pessoas foram mortas e muitos policiais não portavam as câmeras corporais devido aos cortes.
Além disso, o estado viu um aumento na sensação de insegurança, com um salto de 18% nos feminicídios e um aumento visível na cracolândia, que quase dobrou de tamanho. A SSP-SP tem defendido suas políticas, afirmando que as ações de combate à violência são uma resposta direta à criminalidade e que esforços estão sendo feitos para reduzir os crimes e sua subnotificação.
No entanto, especialistas e ativistas apontam que as decisões e políticas do governo estão contribuindo para um clima de maior violência e insegurança, em vez de resolver os problemas subjacentes. O aumento na letalidade policial e outros problemas de segurança pública durante o primeiro ano de Tarcísio no governo colocam em questão a eficácia e a direção das políticas de segurança do estado, levantando preocupações sobre como essas tendências afetarão a população de São Paulo no futuro.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!