Os argentinos estão sentindo no bolso o impacto da inflação em alta sob a gestão do recém-eleito Javier Milei. Segundo o New York Times, os preços estão subindo rapidamente, deixando os moradores preocupados com a deterioração econômica.
O aumento vertiginoso dos preços afeta diretamente o dia a dia dos argentinos. Itens básicos como carne bovina viram um aumento de 73%, enquanto a abobrinha teve uma elevação alarmante de 140%.
O setor de combustíveis também foi duramente atingido, com a gasolina subindo 60%, e produtos essenciais como fraldas apresentaram um aumento de 100%.
A rápida desvalorização da moeda após a eleição de Milei é apontada como a principal causa desse cenário desafiador.
A crise financeira que já afetava o país piorou em novembro, quando os preços aumentaram em média 160% em relação ao ano anterior.
O governo de Milei justifica os aumentos, argumentando que são necessários para corrigir distorções na economia.
Manuel Adorni, porta-voz do governo, prevê que esses aumentos persistirão nos próximos meses, enquanto o governo busca implementar mudanças estruturais na economia.
A gestão econômica de Milei é marcada por um “megadecreto” ultraliberal com mais de 300 medidas, visando desregular a economia e facilitar a privatização de empresas, além de propor mudanças na legislação trabalhista.
No entanto, a legalidade dessas medidas está sob escrutínio do Judiciário argentino, levantando dúvidas sobre a viabilidade a longo prazo dessas reformas.
Diante desse cenário, a população argentina, já sobrecarregada pela crise econômica persistente, enfrenta incertezas e instabilidades, enquanto o governo de Milei busca transformações profundas na estrutura econômica do país.