Sindipetro-PE/PB critica tentativa de privatização da Copergás

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O Sindicato dos Petroleiros de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro-PE/PB), filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP), critica duramente a tentativa de privatização da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), responsável pela distribuição do gás natural em Pernambuco.

A Copergás é uma empresa de economia mista e tem como sócio majoritário o estado de Pernambuco, com 51% das ações ordinárias. A Commit Gás e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, empresas de origem japonesa, são detentoras de 24,5% das ações, cada uma.

O governo de PE pretende entregar definitivamente o controle operacional da Copergás à Mitsui, que passaria a ter 70,94% das ações preferenciais da empresa. A Mitsui teria duas das três diretorias e duas vagas no Conselho Administrativo, garantindo assim um poder de veto em escolhas importantes na companhia. Ainda que velada, essa ação pode ser compreendida administrativamente como uma privatização.

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, destaca que a privatização da Copergás seria um grande retrocesso e aumentaria os custos do gás na região.

“Não é possível que o governo de Pernambuco caia na esparrela de que entregar a companhia de gás que atende a todo o estado para o capital privado vá melhorar de alguma forma os serviços prestados à população”, diz o dirigente, lembrando que as privatizações de refinarias como a Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, e a Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, aumentaram os preços dos derivados, prejudicando o consumidor.

Thiago Gomes, diretor jurídico do Sindipetro-PE/PB, questiona que tipo de empresa de gás natural interessa a Pernambuco, “uma que seja mera geradora de dividendos para transnacionais ou a que fomenta o desenvolvimento de nosso estado, com um insumo competitivo?”.

A Copergás foi criada em 1992, pela Lei Estadual 10.656/1991, e entrou em operação em 1994. Hoje, a companhia atende 28 municípios de Pernambuco e é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado.

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