Política “antivax” de Bolsonaro causa prejuízo bilionário aos cofres públicos

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Desde 2021, o Brasil contabiliza um prejuízo considerável de R$ 1,4 bilhão devido à incineração de vacinas contra a Covid-19, conforme revelam dados governamentais. A Procuradoria-Geral da República (PGR) está empenhada em investigar a incineração, buscando esclarecer possíveis casos de improbidade administrativa, nos quais agentes públicos causam danos aos cofres públicos.

Especialistas ouvidos pelo G1 indicam que o desperdício resulta, em grande parte, da gestão passada liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que, entre outras ações controversas, atrasou a aquisição e distribuição das doses.

Bolsonaro, que se recusou a se vacinar, promoveu uma campanha antivacina e disseminou desinformação associando a vacina da Covid-19 à Aids. A CPI da Covid, responsável por investigar as ações do governo Bolsonaro durante a pandemia, solicitou o indiciamento do ex-presidente por 9 crimes.

O volume de vacinas incineradas representa quase 5% do total adquirido pelo país, ultrapassando o índice aceitável de descarte de medicamentos vencidos, estabelecido em até 3% pelos logísticos da área da saúde.

Embora as primeiras doses tenham sido incineradas em 2021, o número aumentou significativamente em 2022, durante a gestão de Bolsonaro. O atual governo, liderado por Lula, enfrentou mais lotes vencidos, resultando no montante bilionário.

O Ministério da Saúde atual alega ter herdado um estoque de mais de 157,9 milhões de itens médicos vencidos até julho, equivalendo a R$ 1,2 bilhão, e estabeleceu um comitê para monitorar e reduzir perdas. A assessoria de Bolsonaro, por sua vez, afirma que o ex-presidente não tinha influência no descarte das vacinas, concedendo “autonomia plena aos ministros”.

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