O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, nesta sexta-feira, uma proposta moderada visando aumentar a assistência humanitária à Faixa de Gaza.
A medida insta ações urgentes “para criar as condições para uma cessação sustentável das hostilidades” após uma semana de atrasos e intensas negociações para evitar um veto dos Estados Unidos.
Diante da crescente preocupação global com o aumento de mortes em Gaza durante as 11 semanas de conflito entre Israel e o Hamas, os EUA optaram pela abstenção, permitindo que o conselho adotasse uma resolução elaborada pelos Emirados Árabes Unidos.
A resolução adotada apela a “medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso humanitário seguro, desimpedido e abrangente, além de criar as condições para uma cessação sustentável das hostilidades”. O projeto inicial buscava “uma cessação urgente e sustentável das hostilidades” para facilitar o acesso à ajuda.
“Ao aprovar isso, o conselho estaria essencialmente dando às forças armadas israelenses total liberdade de movimento para uma maior estabilização da Faixa de Gaza”, destacou o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, antes da votação.
A Rússia propôs uma alteração para retornar ao texto inicial, que pedia “uma cessação urgente e sustentável das hostilidades”. A emenda foi vetada pelos EUA, recebendo 10 votos a favor, enquanto quatro membros se abstiveram.
No início deste mês, a Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, exigiu um cessar-fogo humanitário, com 153 estados a favor da medida, anteriormente vetada pelos EUA no Conselho de Segurança.
EUA e Israel se opõem a um cessar-fogo, argumentando que beneficiaria apenas o Hamas. Em vez disso, Washington apoia pausas nos combates para proteger civis e libertar reféns feitos pelo Hamas.
Com informações da Reuters
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