A última pesquisa Genial/Quaest saiu e com ela temos uma informação importante: um sinal do caminho que o governo precisa fazer para romper a famigerada polarização entre a civilidade e o extremismo de direita.
Para entender isso é preciso aceitar que algo uns 20% da população infelizmente não irá deixar de ser radical ou extremista e os motivos são simples: redes sociais e percepção de mudança econômica. A pesquisa mostra que os hábitos de mídia daqueles que tendem a apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e, consequentemente, avaliar mal o governo, se informam mais pelas redes sociais.
Além disso, embora a expectativa de 55% dos eleitores sobre a economia seja positiva, 47% acreditam acreditam que a inflação irá aumentar. Entre os eleitores do presidente Lula, 29% dos eleitores possuem expectativas negativas quanto a inflação.
Sobre o desemprego, 37% acreditam que ele irá aumentar e entre os eleitores do presidente e esse número fica em quase 29%, indicando ainda uma tendência de crescimento dessa percepção.
Além disso, 58% dos eleitores acreditam que o valor das contas aumentos, entre os eleitores do presidente 51% possuem essa percepção. A percepção sobre o preço dos alimentos e combustíveis também não é positiva para o Palácio Planalto, reespeciviamene 48% e 36% acreditam que os valores aumentaram.
E embora o governo tenha comemorado uma série de conquistas na economia, isso não chegou na população em geral, com isso, muitos eleitores ainda são influenciáveis à teses de extrema direita.
Recorde do Ibovespa, PIB, melhora da avaliação das agências de risco sobre o Brasil: nada disso vira aprovação positiva se a informação não chegar ao eleitor com o devido conexo sobre os impactos no seu cotidiano.
Sobre a pesquisa, a coluna conversou com Felipe Nunes, diretor da Quaest e afirmou:
‘É o retrato de um país dividido, uma polarização calcificada. Vai ser uma tarefa complexa mudar a opinião dos contrários ao governo. A condição básica pra isso é conseguir resultados econômicos tão expressivos que fica impossível negar.’
É inegável o trabalho do governo nas áreas econômicas e sociais, os indicadores estão aí. Muitos itens do supermercado tiveram redução em seus preços, mas isso não faz tanto barulho quanto a “taxação da Shopee” ou vídeos amalucados sobre “o maior imposto do mundo”.