Na mais recente reviravolta política em São Paulo, o inelegível Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) oficializaram a aliança que estava sendo articulada desde o início do ano. A mudança de Bolsonaro, que antes apoiava o deputado Ricardo Salles para a prefeitura, foi confirmada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Costa Neto elogiou uma suposta habilidade de Bolsonaro em escolher candidatos, citando Tarcisio de Freitas e Marcos Pontes como exemplos de suas boas escolhas. Essa parceria da extrema-direita está pode definir de vez o destino da ex-prefeita Marta Suplicy.
Marta, que já foi prefeita de São Paulo pelo PT, está atualmente sem partido, mas sua ligação anterior com Nunes pode estar abalada devido a nova aliança do prefeito com Bolsonaro. Com isso, a ex-prefeita da capital paulista fica cada vez mais próxima de selar sua aliança com Guilherme Boulos, do PSOL.
Nos bastidores, Marta é cotada para ocupar a vice na chapa do psolista. Já publicamente, tanto Boulos quanto lideranças do PSOL, como o ex-presidente da legenda, Juliano Medeiros, não descartam essa chapa. Mas para isso, Marta teria que se filiar ao PT. Em entrevista recente a Fórum, Medeiros falou sobre essa possibilidade.
“O debate sobre o vice, todo mundo já sabe A indicação de vice vai ser feita pelo PT. O que a gente pediu para o PT é que a vice seja uma mulher, porque a gente acha importante que a chapa expresse a diversidade de gênero. Todo mundo sabe que há uma discussão do PT com o presidente Lula para uma possível refiliação da Marta Suplicy, mas a gente não está participando diretamente dessas discussões”, declarou.