Crianças em Gaza enfrentam pesadelo humanitário sob bombardeios persistentes de Israel

REUTERS

O porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder, denunciou hoje a Faixa de Gaza como o “lugar mais perigoso do mundo” para uma criança, expressando sua indignação após uma visita ao território palestino.

Em uma coletiva de imprensa em Genebra, Elder manifestou sua raiva em relação à negligência dos líderes diante dos “pesadelos humanitários deflagrados sobre um milhão de crianças”.

O representante da Unicef destacou a situação crítica das crianças internadas em hospitais, muitas das quais foram amputadas e subsequentemente perderam a vida devido aos incessantes bombardeios israelenses. Elder expressou sua revolta diante da realidade de mais crianças estarem escondidas, correndo o risco de serem atingidas nos próximos dias e sofrendo amputações.

Nas últimas 48 horas, o maior hospital em funcionamento em Gaza, o hospital Nasser em Khan Yunis, foi alvo de dois bombardeios, apesar de abrigar não apenas um grande número de crianças feridas, mas também centenas de mulheres e crianças em busca de refúgio. O representante da Unicef lamentou que milhares de vidas infantis em Gaza estejam se tornando meras estatísticas.

Elder expressou sua frustração em relação à hipocrisia que mina a empatia e reconheceu suas próprias limitações, declarando: “Fico furioso porque a hipocrisia destrói qualquer empatia (…) e fico furioso comigo mesmo por não poder fazer mais.”

O bombardeio a Gaza por parte de Israel, em resposta ao ataque do grupo islamista palestino Hamas, já dura desde 7 de outubro, resultando em uma escalada de violência que deixou um rastro de mortes. Autoridades israelenses relatam 1.140 mortes, enquanto o Hamas afirma que mais de 19.600 pessoas foram mortas no lado palestino desde o início da ofensiva israelense, em 2007.

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