PGR decide investigar a Meta após empresa mentir sobre vídeo que incrimina Bolsonaro

Foto: Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório técnico destacando a recuperação de um vídeo previamente postado e deletado por Jair Bolsonaro em 10 de janeiro. O material, considerado crucial em uma investigação em curso, sugere a suspeita de incitação a atos golpistas contra os Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

No vídeo, um procurador de Mato Grosso faz alegações falsas sobre supostas fraudes no sistema de votação eletrônico, sugerindo que a eleição foi indevidamente conquistada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A PGR ressaltou que a recuperação do vídeo pela Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do MPF permitirá “a continuidade da persecução penal contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, enquanto também busca apurar a responsabilidade da empresa Meta por não preservar o conteúdo.

A Meta, proprietária do Facebook, havia informado anteriormente ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que não possuía mais o vídeo e que seria “impossível” recuperá-lo. Esta posição contrariou a solicitação da PGR, feita em 13 de janeiro, para a preservação do vídeo.

Em um desenvolvimento surpreendente, a plataforma MetaMemo, especializada na preservação de arquivos e memórias digitais, conseguiu recuperar o conteúdo do vídeo postado por Bolsonaro, conforme revelado pelo The Intercept. O achado pode ter implicações significativas na investigação em curso.

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