Com a aproximação da reforma ministerial e a saída de Flávio Dino (PSB) do Ministério da Justiça, a banca de apostas de cargos em Brasília voltou com força total. De Aldo Rebelo no Ministério da Defesa até Wadih Damous (PT) na Justiça. O céu é o limite.
Não faltam especulações sem pé nem cabeça para possíveis ministeriáveis, até mesmo supostas indicações do Ministro Jaques Wagner (negadas pela sua assessoria) para a Justiça surgiram essa semana.
A única coisa que todos estes nomes possuem em comum é que todos eles ainda precisam ser combinados com o presidente Lula.
O nome de Wadih surgiu em uma publicação do Diretor da Fundação Perseu Abramo e membro da executiva nacional do PT, Alberto Cantalice. Segundo fontes à coluna, é algo extremamente isolado e pontual.
Já Wellington César Lima e Silva, que foi procurador-geral de justiça do Ministério Público do Estado da Bahia entre 2010 e 2014 e ministro da justiça por breve período em março de 2016, aparece como a suposta indicação de Jaques Wagner. Também um movimento isolado e com pouca relevância. Embora seja visto com bons olhos por setores do governo.
O nome mais provável é o do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Interlocutores do Planalto cravam que o nome é o favorito do presidente e que dependeria apenas do ex-ministro aceitar ou não a indicação.
Na avaliação de um interlocutor do Planalto, “Lewandowski é o preferido do Lula. Porque é o cara que não precisa ganhar notabilidade política. Mas está em uma situação profissional e pessoal muito mais consolidada e sempre cumpriu as missões demandadas”. E por conta desses pontos que há a avaliação e dúvida se o ex-ministro aceitaria ou recusaria o convite.
Ainda na avaliação deste interlocutor, a pasta da justiça pode ser uma cilada para quem busca ocupá-la para obter notoriedade política já que o titular estaria na incumbência do maior problema de desgaste atual do Governo Federal. Diferentemente da Agenda Econômica, por exemplo, o Governo Federal não tem as mesmas ferramentas. Depende muito de articulação federal. Apontando para a necessidade de um nome que saiba fazer política.
Por isso, a chance de que este final de ano apareça uma série de nomes para o governo é altíssima. Nomes de todos os tipos e para agradar e desagradar os diversos grupos políticos em disputa pelas vagas.