A Autoridade Palestina planeja organizar uma delegação de ministros de países majoritariamente islâmicos para um encontro em Brasília com ministros apoiadores da causa palestina, revelou Riyad Al-Maliki, Ministro das Relações Exteriores da Palestina, em entrevista ao UOL.
Foi relatado que essa proposta de uma delegação árabe e muçulmana global foi apresentada por Maliki ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, durante um encontro em Nova Iorque, nas reuniões paralelas do Conselho de Segurança da ONU.
A principal meta desse encontro seria buscar suporte para um cessar-fogo duradouro que leve à desocupação dos territórios palestinos e ao reconhecimento formal da Palestina, como um aspecto crucial de qualquer acordo envolvendo Israel.
Recentemente, o Brasil tem enfatizado a importância de iniciar um processo de negociação multilateral para estabelecer uma paz sustentável entre Israel e um estado palestino reconhecido internacionalmente, marcando uma retomada da posição tradicional brasileira no assunto, após um período de distanciamento sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Estamos contemplando, como um grupo de chanceleres de países árabes e muçulmanos, de ir ao continente (latino-americano). E para ver se podemos realizar uma reunião com um grupo de ministros”, explicou Al-Maliki, uma figura proeminente na Autoridade Palestina e chefe de sua diplomacia desde 2007.
Durante o primeiro mandato de Lula, o Brasil promoveu encontros entre a América Latina e países árabes para fortalecer os laços entre as regiões. Embora Brasília seja a localização preferida para o encontro proposto, Bogotá é outra opção considerada, dado o apoio significativo da Colômbia à causa palestina na América Latina.
Al-Maliki elogiou a diplomacia brasileira, expressando satisfação com a estabilidade no Brasil e o apoio consistente do presidente Lula à causa palestina.
Entretanto, Al-Maliki observou a falta de uma posição unificada da América Latina sobre a Palestina, destacando diferenças entre governos de diferentes inclinações políticas na região, como a Argentina e a Colômbia.
Sobre o conflito, Al-Maliki denunciou o que considera um “fracasso internacional” diante da situação em Gaza, criticando o uso da fome como arma de guerra por Israel e questionando a universalidade dos direitos humanos diante da incapacidade de ação frente às violações. Ele concluiu que é necessário admitir o fracasso do sistema atual e buscar coragem para reconhecê-lo.
Fanta
13/12/2023 - 10h43
A unica autoridade palestina que existe se chama Hamas, o resto sao invençoes ddefachada para imbecis.
Que Hamas queira dar uma volta no Brasil é mais que normal, o ambiente imundo é o mesmo da Palestina.