No dia da sabatina de Flávio Dino para o STF, aliados do governo estão confiantes em uma votação favorável, estimando entre 45 e 53 votos a favor. A oposição, por outro lado, espera que cerca de 30 senadores votem contra, um número significativo, mas insuficiente para impedir a nomeação de Dino pelo presidente Lula.
De acordo com levantamentos do jornal O Globo, Dino pode enfrentar mais resistência do que Cristiano Zanin. A oposição, consciente de que não tem votos suficientes para vencer, busca demonstrar sua força.
Os ministros Renan Filho, Camilo Santana e Wellington Dias voltarão ao Senado para participar da votação. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, expressou confiança na aprovação de Dino, prevendo um placar entre 45 e 52 votos, enquanto o relator da indicação, Weverton Rocha, é ainda mais otimista, esperando no mínimo 53 votos.
O apoio a Dino entre os 81 senadores é estimado em até 62 votos, excluindo membros do PL e parlamentares declaradamente da oposição, como Damares Alves. Um levantamento inicial mostrou 24 senadores a favor da nomeação e 21 contra.
Dino, que se dedicou a conversar com os indecisos, acredita ter conquistado mais apoio, citando uma transformação de opiniões similar à narrativa bíblica da estrada de Damasco.
Além de reuniões com senadores da oposição como Plínio Valério, Styvenson Valentim e Oriovisto Guimarães, Dino também se encontrou com senadores do PSD e MDB. Apesar de Valério declarar voto contra, a conversa foi descrita como cordial.
Ministros do governo Lula com assentos no Senado vão retornar ao Congresso para votar nas indicações de Dino e do subprocurador-geral Paulo Gonet para a PGR. A volta dos ministros é vista mais como um gesto político do que um aumento real nos votos, já que seus suplentes já apoiam as indicações. A exceção é Margareth Buzetti, suplente do ministro da Agricultura, que se declarou indecisa sobre Dino. A participação de seu titular, Carlos Fávaro, na votação ainda não está confirmada.