A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados está programada para discutir, na próxima quinta-feira (14), a controversa iniciativa da Eletrobrás privatizada em incorporar Furnas. A sessão está agendada para o plenário 8, com início às 13 horas, atendendo ao pedido dos deputados petistas Rogério Correia (PT-MG) e Reimont (PT-RJ).
A decisão sobre a incorporação será submetida aos acionistas da Eletrobrás em uma assembleia marcada para o próximo dia 29, e já está sendo alvo de intensas críticas por parte de parlamentares de esquerda. A Eletrobrás justifica a operação como uma medida para simplificar a estrutura societária e a governança. No entanto, os deputados Rogério Correia e Reimont buscam esclarecimentos sobre os potenciais impactos dessa fusão na prestação de serviços de geração e transmissão de energia elétrica.
O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) divulgou um vídeo no qual destaca a necessidade de resistir contra a tentativa da Eletrobrás de “acabar” com Furnas. “Não podemos deixar esquartejarem e acabarem com Furnas”, afirmou, expressando sua preocupação com o possível impacto na empresa.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) manifestou seu apoio aos trabalhadores e pensionistas de Furnas, ressaltando o papel fundamental desempenhado pela empresa no sistema elétrico brasileiro. Ela expressou preocupação com a deterioração de Furnas, que, segundo ela, está sendo “completamente implodida, esvaziada e precarizada”, com a perspectiva de demissões em massa.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou a importância histórica de Furnas para o Brasil, chamando a atenção para a necessidade de preservar a soberania energética do país. “Acabar com Furnas é acabar com a história do Brasil e nossa soberania energética”, enfatizou. Ela argumentou contra a lógica privatista que, segundo ela, ameaça eliminar as conquistas do Brasil e defendeu a necessidade de preservar a soberania, a democracia e o desenvolvimento social.
Furnas, criada para solucionar a crise energética dos anos 1950, é a maior subsidiária da Eletrobrás, com capacidade de geração de mais de 18 GW.
Com informações da Agência Câmara
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