O titular da pasta de Defesa do Brasil, José Múcio, declarou nesta segunda-feira (11) que o país não vai tolerar que seu solo seja utilizado no embate entre Venezuela e Guiana, especialmente considerando as atuais tensões relacionadas à área de Essequibo. Com informações do Metrópoles.
“Não podemos permitir que um país agrida o outro nos usando, nossos caminhos. Tenho muita certeza de que isso vai ser resolvido na melhor mesa de batalha que existe, o melhor campo de batalha: a negociação”.
“Nosso papel da Defesa é prevenir a integridade das nossas fronteiras. Isso foi cuidado, as fronteiras reforçadas e não vamos servir de instrumento para um conflito”.
“Estamos na retaguarda e, se Deus quiser, não vai ser necessário. É muita gente interessada em evitar um conflito. Um conflito desse tamanho não interessa a ninguém”.
Múcio avalia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do PT desempenha um papel crucial na diminuição do conflito entre a Venezuela e a Guiana. Lula tem ativamente envolvido Mauro Vieira, o ministro das Relações Exteriores, e o ex-ministro Celso Amorim, para promover o diálogo e a busca pela paz.
Lula já demonstrou interesse em usar o Brasil como local para hospedar encontros entre a Venezuela e a Guiana, com o objetivo de suavizar as tensões e alcançar uma solução pacífica.
No último sábado, Lula recebeu uma chamada do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir a situação com a Guiana. De acordo com o Palácio do Planalto, o líder brasileiro alertou que ações unilaterais podem agravar as tensões existentes.
Mais tarde, Nicolás Maduro sinalizou uma alteração em sua abordagem ao afirmar que a Guiana precisa “sentar e dialogar” sobre a questão de Essequibo com seu governo. Essa declaração veio após um plebiscito revelar que a maior parte da população venezuelana apoia a ideia de anexar a região.