Em seu recém-anunciado primeiro decreto presidencial, Javier Milei transformou radicalmente a paisagem administrativa da Argentina, reduzindo o número de ministérios de 18 para 9. A mudança estratégica resultou na eliminação de ministérios vitais, como Educação, Trabalho, Cultura e Direitos Humanos, suscitando inquietações sobre o destino dos serviços sociais no país.
Os ministérios agora sob a administração de Milei incluem Interior, Relações Exteriores e Comércio Internacional, Defesa, Economia, Infraestrutura, Justiça, Segurança, Saúde e o recém-criado Capital Humano. Este último, conforme destacado pelo presidente, visa consolidar as funções dos ministérios sociais extintos em uma única entidade, marcando uma abordagem inovadora na gestão governamental.
A reorganização, alinhada à promessa de campanha de Milei para uma administração mais eficiente, provocou reações intensas entre os cidadãos, especialmente aqueles dependentes dos serviços anteriormente fornecidos pelos ministérios agora extintos. Críticos argumentam que a fusão dessas áreas cruciais em um único ministério pode não ser suficiente para atender às necessidades dos argentinos, especialmente os mais vulneráveis.
Além da reestruturação ministerial, Milei anunciou planos ambiciosos para mudanças econômicas, a serem discutidos em sua primeira reunião de gabinete na Casa Rosada, nesta segunda-feira (11). O pacote de medidas econômicas inclui a retirada de subsídios de serviços públicos e a liberalização dos preços de combustíveis e planos de saúde, medidas que serão detalhadas nos próximos dias. Contudo, é importante observar que algumas propostas, como a privatização de empresas estatais e a revisão de planos sociais e aposentadorias, requererão aprovação do Congresso.
A decisão de Milei de não realizar obras públicas, um veto que ele pretende impor, adiciona outra camada de incerteza ao futuro argentino. Enquanto o presidente defende suas ações como necessárias para aumentar a eficiência e a gestão prudente dos recursos nacionais, muitos argentinos permanecem apreensivos, temendo que essas mudanças possam precipitar um período de desafios sociais sem precedentes.
carlos
11/12/2023 - 10h18
Agora vao los ermanos de burrocracia, porque elegeram millei nao um menos ruim nao?