Uma unidade da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Londres está no centro de uma investigação após ser gravada secretamente durante um exorcismo envolvendo um adolescente de 16 anos. O pastor da igreja foi flagrado proferindo o que parece ser uma “oração forte” na tentativa de expulsar supostos espíritos malignos.
Além disso, o programa BBC Panorama revelou o testemunho de um ex-membro que alega ter recebido “orações fortes” aos 13 anos na tentativa de modificar sua orientação sexual. A IURD, de origem brasileira, afirma que menores de 18 anos não devem participar dessas cerimônias e nega praticar terapia de conversão.
A investigação apontou que a igreja sugere poder resolver problemas de saúde mental por meio da expulsão de espíritos malignos, chegando a classificar a epilepsia como um “problema espiritual”. A Universal no Reino Unido possui 35 filiais e mais de 10.000 membros no país, identificando-se como uma igreja cristã pentecostal.
A prática de “orações fortes” para expulsar espíritos malignos não é exclusiva da IURD, sendo comum em algumas tradições cristãs. No entanto, a igreja nega usar o termo “exorcismo”. Após uma investigação anterior relacionada a um assassinato em 2000, a instituição introduziu uma política de salvaguarda, comprometendo-se a não realizar “orações fortes” em menores de 18 anos.
Ex-membros compartilharam experiências perturbadoras, alegando terem sido submetidos a “orações fortes” contra a política de salvaguarda da Universal. A igreja nega veementemente violar sua política e afirma que essas práticas ocorrem apenas em serviços específicos de libertação, dos quais menores de 19 anos são excluídos.
Em um culto gravado secretamente, o líder da Universal no Reino Unido associou problemas de saúde mental a espíritos malignos, chamando a depressão de um “problema espiritual”. A igreja enfatiza que “orações fortes” não substituem ajuda médica e refuta as alegações de intimidação. Apesar disso, vários ex-membros afirmam não ter intenção de retornar à igreja.
Fábio
12/12/2023 - 09h58
O garoto Lucas Terra foi estuprado, queimado e assassinado após flagrar dois pastores mantendo relações sexuais. Foi isso o que aconteceu aqui na Bahia. Religiões, infelizmente, continuam sendo “lugares” em que a podridão se esconde (é escondida).
Saulo
11/12/2023 - 22h05
Falar não é uma prática, práticas são atos… é o básico do básico.