Na última quarta-feira, 6, o Senado dos Estados Unidos rejeitou o avanço de um projeto de lei que propunha um financiamento suplementar superior a US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 490 bilhões). Esse desfecho ocorreu em meio à persistente demanda dos republicanos pela inclusão de medidas de segurança de fronteira na legislação.
A moção para iniciar o debate sobre o projeto de lei foi rejeitada pelos senadores, uma vez que necessitava de 60 votos para ser aprovada.
Apesar do respaldo do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e da Casa Branca, que instaram os legisladores republicanos a aprovar rapidamente a ajuda à Ucrânia antes do esgotamento do financiamento, o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, e o presidente da Câmara, Mike Johnson, insistiram que os democratas incluíssem medidas de segurança de fronteira para conquistar o apoio republicano.
Este impasse aumenta a possibilidade de o Congresso não aprovar mais assistência aos ucranianos antes do final do ano. A Casa Branca alertou sobre a urgente necessidade de Kiev de mais apoio financeiro para enfrentar seus desafios. Além das preocupações republicanas em relação às medidas de fronteira, a destinação de US$ 10 bilhões (R$ 49 bilhões) para a ajuda a Israel também foi alvo de críticas por parte de Bernie Sanders.
O senador progressista se opôs à inclusão da ajuda a Israel no projeto de lei, argumentando que os Estados Unidos deveriam priorizar o financiamento de necessidades domésticas, como a crise climática e a saúde.