Durante a participação na cerimônia de posse de Javier Milei na Argentina, Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente, renovou suas críticas às urnas eletrônicas no Brasil. Surpreendentemente, ele elogiou Nicolás Maduro, líder venezuelano, pelos votos impressos no recente plebiscito sobre a anexação de Essequibo, uma região da Guiana. Com informações da Folha.
“Nem na Venezuela se tem o voto eletrônico. Nesse referendo agora de Essequibo, que é um assunto bastante polêmico, o Maduro deu uma lição de moral no Brasil falando: olha, aqui a eleição é na máquina, mas não é como em outros países, aqui tem o papel também”, afirmou.
Em uma entrevista à rádio Mitre, do grupo Clarín, Bolsonaro expressou: “Até que enfim o Maduro acertou uma, né. Nunca acertou nada na vida. Acertou uma que é o voto no papel” O deputado federal, acompanhado de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), desempenhou o papel de intérprete durante a conversa com o jornalista Eduardo Feinmann, uma das primeiras entrevistas de Milei após a vitória nas eleições.
Na Venezuela, o eleitor validava sua identidade por meio da impressão digital, respondia “sim” ou “não” às perguntas em uma máquina de votação, verificava as respostas na tela e, ao pressionar “votar”, a máquina imprimia o resultado em um papel. Esse papel deveria ser depositado na urna.
As críticas ao sistema eleitoral brasileiro foram um dos fatores que resultaram na inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos, permitindo sua participação apenas nas eleições de 2030. Esta decisão foi proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho, em decorrência de uma reunião realizada pelo ex-presidente com embaixadores estrangeiros em julho de 2022.
Durante o encontro no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, a menos de três meses da eleição, Bolsonaro fez declarações inverídicas e distorcidas sobre o processo eleitoral, alegando respaldo em dados oficiais, ao mesmo tempo em que procurava desacreditar os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As declarações de Bolsonaro foram feitas durante a entrevista, após ser questionado pelo jornalista argentino sobre a indicação de Flávio Dino, atual ministro da Justiça, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula (PT). Dino está programado para passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na próxima quarta-feira (13).
“Inclusive o Flávio Dino, quando perdeu eleições em 2010 aproximadamente, ele criticava as urnas, falava que não eram confiáveis e eram possíveis de serem fraudadas. E por eu ter feito críticas com comprovação no mesmo sentido também foi uma causa da minha inelegibilidade. Sobre o voto eletrônico puro, sem qualquer papel”, disse.
Bolsonaro chegou a Buenos Aires na noite desta quinta-feira (7) a convite de Milei, sendo previsto que receba tratamento de chefe de Estado durante a posse deste último no domingo (10). A equipe do argentino planeja a presença do brasileiro nas cerimônias restritas do Congresso Nacional e da Casa Rosada, mesmo sem ocupar atualmente nenhum cargo público.
Patriotário
10/12/2023 - 14h59
Quem ainda acha que um dia um corno político antipetista possa falar alguma coisa que preste ?????
Zulu
08/12/2023 - 12h40
O Ladrão de bananas não foi ?
Ele não é o democrata faixa preta ? Kkkkkkkk
Saulo
08/12/2023 - 12h36
As urnas eletrônicas são uma coisa ridícula.