O senador Sergio Moro foi interrogado nesta quinta-feira, 7, na sede do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) no contexto de um processo que busca a cassação de seu mandato por alegado abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral do ano passado.
Luiz Eduardo Peccinin, advogado do PT, expressou descontentamento com o desempenho de Moro no depoimento, afirmando que a cassação se tornou mais iminente. A decisão judicial é esperada para janeiro.
Peccnin ressaltou: “O balanço é muito positivo. Sergio Moro, embora tenha recusado nossos questionamentos, não faz diferença para nós, pois a questão está demonstrada nos autos, com documentos que ele próprio assinou”.
Uma das questões em destaque no processo é o contrato com o suplente de Moro ao Senado, o advogado Luis Felipe Cunha, que teria recebido R$ 1 milhão do partido União Brasil. Esses fundos foram alegadamente destinados à Vosgerau & Cunha Advogados Associados, empresa de Cunha, para serviços de assessoria jurídica, conforme declarado à Justiça Eleitoral.
Durante o depoimento, o juiz levantou a questão do contrato, e, segundo Peccinin, Moro se contradisse. “O próprio Moro confessou, sem querer, que o contrato era falso, não correspondia ao que estava escrito, e que na verdade seu suplente não praticava nenhum ato de advocacia real para ele”, afirmou Peccinin, enfatizando possíveis contradições prejudiciais para Moro.
Diante desses elementos, o advogado expressa confiança na cassação de Moro: “Acredito na cassação com toda certeza. Se o TRE entender que não houve impropriedade, nas eleições do ano que vem todo mundo vai se aproveitar dessa autorização para cometer caixa dois”.
Com informações do Revérber
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