Lula diz que não deseja que o conflito entre Guiana e Venezuela contamine a integração do Mercosul

RICARDO STUCKERT

Nesta quinta-feira, 7, o presidente Lula, do PT, foi incisivo ao expressar a posição do Brasil diante da tensão na América do Sul, em meio às questões entre Venezuela e Guiana.

O referendo venezuelano, revelando o apoio esmagador (cerca de 95%) à anexação da região de Essequibo, acrescenta um elemento de preocupação ao cenário, especialmente considerando os recursos minerais e petrolíferos recentemente descobertos, atualmente explorados pela ExxonMobil dos Estados Unidos.

Ao iniciar a reunião dos Chefes de Estado do Mercosul, no Rio de Janeiro, Lula destacou a importância de “construir a paz” para o desenvolvimento regional. Ele ressaltou que a retomada do processo de integração e a preservação da paz são fundamentais.

Lula afirmou claramente: “Uma coisa que não queremos na América do Sul é guerra”. Ele expressou sua crescente preocupação com a questão de Essequibo e propôs uma declaração dos Estados Partes do Mercosul sobre a controvérsia, elaborada pelos chanceleres.

Além disso, o presidente brasileiro se colocou à disposição para mediar as discussões entre Venezuela e Guiana, oferecendo a colaboração do Brasil e do Itamaraty. Ele afirmou que o Brasil estaria disposto a sediar reuniões necessárias para resolver a situação.

Em resumo, Lula enfatizou a importância de abordar o problema de maneira pacífica e colaborativa, garantindo que a questão de Essequibo não afete negativamente a estabilidade e a integração regional.

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