Agência Senado-O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), em pronunciamento nesta quarta-feira (6), parabenizou a Polícia Federal pela operação realizada contra o tráfico internacional de armas. A ação policial conseguiu desarticular um grupo suspeito de fornecer armamento para as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). O senador destacou que, segundo informações de autoridades, o esquema ilegal trouxe mais de 40 mil armas ao Brasil, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos.
— O foco da investigação é uma empresa no Paraguai chamada IAS, que importava fuzis, rifles, pistolas e também revólveres de fabricantes na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. Assim que chegavam a Assunção, a capital paraguaia, as armas tinham uma numeração raspada e, em alguns casos, recebiam logotipos de outras indústrias para despistar os investigadores. Depois, com a ajuda de doleiros e empresas de fachada paraguaias e norte-americanas, eram repassadas para as facções criminosas conhecidas como CV e PCC — apontou.
Kajuru explicou que a operação teve início em 2020, após a prisão de duas pessoas com armamento ilegal na Bahia. A ação foi conduzida pela 2ª Vara Federal de Salvador e resultou em 54 mandados de busca e apreensão, dos quais 38 foram cumpridos, sendo 17 no Brasil e 21 no Paraguai. A Justiça bloqueou R$ 66 milhões em bens dos investigados no Brasil e solicitou cooperação internacional para o confisco de valores no Paraguai. Porém, Kajuru lamentou a fuga do argentino Diego Hernan Dirísio, apontado como o maior contrabandista de armas da América do Sul e proprietário da empresa paraguaia.
Além disso, segundo o parlamentar, a Justiça bloqueou R$ 66 milhões em bens dos investigados no Brasil e solicitou cooperação internacional para o confisco de valores no Paraguai. Ele também destacou apreensão de dólares e mais de 2,3 mil armas na sede da IAS, em Assunção, além da identificação do local de adulteração do armamento.
— O importante aqui é destacar que a ação desenvolvida pelo Brasil, por esse diretor da Polícia Federal, Dr. Andrei, que vai fazendo história na PF, desenvolvida em conjunto com o governo do Paraguai, significou um duro golpe no crime organizado. Ela se insere na prioridade estabelecida no Ministério da Justiça, no sentido de descapitalizar as organizações criminosas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado