Na noite desta quarta-feira, 6, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou o projeto que propõe a privatização da Sabesp, em meio a uma sessão tumultuada.
O texto recebeu 62 votos a favor e um contra, com os deputados de oposição deixando a sessão após conflitos com a Polícia Militar e a utilização de spray de pimenta no plenário, resultando em uma interrupção de 1h32min.
A oposição, representada por PT, PC do B, PSOL, PSB, PDT e Rede, considera inviável dar continuidade ao processo no plenário no mesmo dia, citando a presença de deputados com idade, grávidas e problemas de saúde. Mas o presidente da sessão comprometeu-se a retomar a discussão.
A privatização da Sabesp, uma iniciativa prioritária da gestão de Tarcísio de Freitas, representa um triunfo simbólico para o governador, dependendo ainda da aprovação da Câmara da capital paulista para ser concretizada.
A mudança no controle acionário da gigante de saneamento básico já enfrenta desafios legais, com opositores anunciando a intenção de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a aprovação.
Os partidos da base governista, incluindo Republicanos, Partido Liberal (PL), União Brasil, PSDB, PSD, Podemos, PP, Solidariedade e Novo, votaram a favor da privatização, enquanto os partidos de oposição, PT, PSOL, PSB e Rede, foram contrários, mas se abstiveram de votar após a intervenção da PM contra os manifestantes.