Processo de corrupção contra Netanyahu é retomado em Israel

REUTERS

O Tribunal Distrital de Jerusalém retomou, nesta segunda-feira, 4, o julgamento do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e sua esposa, Sara Netanyahu, acusados de receber presentes em troca de favores políticos.

O reinício ocorreu após o término do decreto de emergência que suspendeu as atividades dos tribunais superiores de Israel durante a ofensiva militar em Gaza. As acusações de corrupção, provenientes de três denúncias entre 2018 e 2019, incluem a recepção de artigos de luxo de empresários como Arnon Milchan e James Packer.

Apesar de o caso ter levado ao fim do primeiro mandato de Netanyahu em junho de 2021, ele foi eleito novamente em dezembro de 2022 por meio de uma aliança na extrema direita sionista. Críticos do premiê afirmam que o processo contribui para a pressão do governo pela reforma do Poder Judiciário, suscitando resistência na sociedade israelense.

Se condenados, Benjamin e Sara Netanyahu podem enfrentar penas de cinco a dez anos de prisão por corrupção e até três anos por falsidade ideológica. A defesa nega as acusações, e, até o momento, o primeiro-ministro está dispensado de comparecer às audiências, podendo ser chamado a testemunhar mais tarde, dependendo do desenrolar do processo.

No domingo anterior à retomada do julgamento, manifestantes em Tel Aviv protestaram contra Netanyahu, não apenas pelas acusações judiciais, mas também responsabilizando-o pelos ataques do Hamas e pelo sequestro de cidadãos israelenses em outubro. Pesquisas indicam que 80% dos cidadãos veem Netanyahu como principal culpado pelos eventos ocorridos nesse período.

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