Diego Hernan Dirísio, apontado pela Polícia Federal como o principal contrabandista de armas na América do Sul, tornou-se o foco central de uma operação visando um grupo suspeito de fornecer 43 mil armas às principais facções do Brasil – Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho – movimentando uma quantia expressiva de R$ 1,2 bilhão. Segundo informações do blog da jornalista Andréia Sadi, Dirísio está foragido e ainda não foi localizado.
Dirísio conduzia a comercialização das armas por meio de sua empresa, a IAS, com sede no Paraguai.
“Ele é o proprietário da empresa, coordenando todas as atividades, conduzindo diretamente as negociações de venda e revenda, ciente de que essas armas seriam adulteradas e destinadas ao crime organizado. Esta constatação foi evidenciada durante a investigação, representando a principal dificuldade no início da operação”, declarou Flávio Albergaria, superintendente da PF.
“Ele ocupava a posição de líder na principal empresa importadora de armas da Europa. Esse era o seu papel, e estamos em busca de sua localização no Paraguai”, acrescentou.
A Justiça da Bahia, responsável pela condução da operação, determinou que os alvos de prisão no exterior sejam incluídos na lista vermelha da Interpol, visando a extradição para o Brasil em caso de detenção.
A Polícia Federal realizou buscas na residência do argentino em Assunção, capital do Paraguai, sem sucesso na localização do suspeito.
A investigação teve início em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. Apesar dos números de série raspados, a perícia da PF permitiu a obtenção de informações cruciais para o avanço das investigações.