A tensão na região de Essequibo, entre Venezuela e Guiana, despertou a preocupação no governo brasileiro, que percebe um crescente risco de guerra entre os dois países. Com o intuito de prevenir um conflito na área, o presidente Lula (PT) buscou a orientação do Itamaraty sobre a viabilidade de facilitar uma reunião entre os líderes venezuelano Nicolás Maduro e guianês Irfaan Ali, com a mediação do Brasil. Com informações do Metrópoles.
O Ministério das Relações Exteriores ofereceu uma resposta pouco encorajadora. Dado que não há um conflito iminente, o Brasil não pode assumir o papel de mediador. A atual postura, conforme indicado por membros do Itamaraty, deve ser de observação e moderação, instando os países envolvidos a exercerem “bom senso”.
No dia anterior, Lula expressou sua expectativa de que Venezuela e Guiana adotem “bom senso”. Ele afirmou: “Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga, não ficar inventando história. Então, espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e da Guiana.
Atualmente, diplomatas brasileiros já estão em diálogo com ambas as partes envolvidas no conflito. A função de mediador do Brasil deve ser reforçada nos próximos dias, especialmente quando Lula retornar ao país para participar da cúpula do Mercosul.
De acordo com o governo venezuelano, 96% dos participantes do plebiscito expressaram apoio à anexação de Essequibo. Entretanto, o Tribunal Penal Internacional das Nações Unidas já manifestou sua oposição à tomada do território.