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CNC confirma quinto mês de queda no endividamento familiar, agora em 76,6%

O nível de endividamento das famílias brasileiras apresenta uma tendência de redução pelo quinto mês consecutivo, atingindo cerca de 76,6% da população, conforme indicado pelos resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta segunda-feira (4). As principais modalidades de dívidas […]

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Foto: Agência Brasil

O nível de endividamento das famílias brasileiras apresenta uma tendência de redução pelo quinto mês consecutivo, atingindo cerca de 76,6% da população, conforme indicado pelos resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta segunda-feira (4).

As principais modalidades de dívidas englobam cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de veículos e imóveis. No mês de novembro, registrou-se uma redução de 0,5% no número de indivíduos endividados em relação ao mês anterior.

José Roberto Tadros, presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), sugere que a redução no endividamento pode ser influenciada pela percepção de melhoria nas condições econômicas. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.

No contexto da inadimplência, que representa dívidas não pagas dentro do prazo, o percentual de famílias inadimplentes atingiu 29%, apresentando uma diminuição em comparação ao mês anterior (29,7%) e ao mesmo período do ano anterior (30,3%). De acordo com Felipe Tavares, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esse é o índice mais baixo desde junho de 2022.

Inadimplência

Apesar de o índice de inadimplência permanecer acima do nível registrado em novembro do ano anterior (10,9%), a pesquisa indica uma redução para 12,5% no contingente de indivíduos incapazes de quitar dívidas acumuladas de meses anteriores, em comparação com os 13% registrados em outubro. O economista ressalta que essa diminuição, embora modesta, evidencia uma eficácia significativa do programa Desenrola.

No que diz respeito aos indivíduos endividados, a faixa de renda média, compreendida entre cinco e dez salários mínimos, experimentou um acréscimo no número de pessoas endividadas, retornando aos patamares observados em novembro de 2022. No entanto, 35% desses consumidores caracterizam-se como “pouco endividados”, ao passo que o grupo registrou a quarta elevação consecutiva nas dívidas em atraso, atingindo 24,2%, marcando o ponto mais alto desde o início da série histórica.

Dívidas em atraso

Os consumidores de baixa renda, com ganhos de até três salários mínimos, lideram a taxa de dívidas em atraso, atingindo 36,6%. Isso representa uma preocupação significativa com a inadimplência, sendo que 17,2% desses consumidores estão impossibilitados de quitar essas dívidas, comprometendo assim 31,9% de sua renda.

O cartão de crédito mantém sua posição como a modalidade mais amplamente utilizada entre os endividados, alcançando 87,7% do total de devedores. Esse dado representa um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior, que era de 86,4%. O crédito consignado e o financiamento imobiliário apresentaram avanços de 0,5 e 0,4 ponto percentual, respectivamente, enquanto outras modalidades perderam representatividade na carteira de crédito dos consumidores.

A pesquisa revelou que, embora a proporção de consumidores endividados tenha diminuído em ambos os gêneros ao longo de um ano, as mulheres apresentaram uma redução mais significativa, de 3,4 pontos percentuais, em comparação aos homens, que registraram uma diminuição de 1,5 ponto percentual. O número total de mulheres endividadas continuou a cair em relação a outubro, enquanto o endividamento entre os homens teve um leve aumento de 0,4 ponto percentual. Além disso, as mulheres são as que mais relatam dificuldades para quitar todas as dívidas em dia, alcançando 30,1%, em comparação com os 28% dos homens.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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