Transcrição traduzida da fala de Wang Wenbin do Departamento de Informação do Ministério de Relações Exteriores da China:
Tradução da transcrição da resposta dada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, a uma pergunta da AFP, na Conferência Regular de Imprensa, Pequim, 4 de dezembro de 2023. Fonte: Ministério das Relações Exteriores, RPC
O secretário de Comércio dos EUA chamou recentemente a China de “a maior ameaça que já tivemos” e enfatizou que “a China não é nossa amiga”. Ela também instou os líderes empresariais dos EUA a colocarem a segurança nacional acima das receitas de curto prazo. Qual é o seu comentário sobre isso?]
“O Presidente Biden observou certa vez que os EUA não procuram travar o desenvolvimento económico ou o progresso científico e tecnológico da China. No entanto, as observações do funcionário dos EUA contradizem isto. Dificilmente conquistará a confiança da China e do resto do mundo e revela a mentalidade de Guerra Fria profundamente enraizada e a mentalidade hegemônica de alguns nos EUA. A China nunca aposta contra os EUA e não tem intenção de desafiá-los ou derrubá-los.
Os EUA precisam de ter uma compreensão correta da China, trabalhar com a China para cumprir seriamente os importantes entendimentos comuns alcançados entre os dois presidentes na sua reunião em São Francisco, parar de ver a China como um inimigo, corrigir o movimento errado de levar a cabo grandes ações. confronto entre países sob o pretexto da concorrência e evitar dizer uma coisa e fazer outra.
Li alguns comentários nas plataformas de mídia chinesas, que gostaria de citar aqui e espero que os EUA reflitam seriamente sobre isso. Ir contra as regras, princípios e leis do mercado de livre comércio é como construir uma barragem de peneiras – não importa o quanto você tente, a água correrá pelas peneiras até onde está indo.”
Fonte: Sony Thang – nxt888
Nelson
05/12/2023 - 15h36
Olhemos para os seguintes países: Cuba, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá, República Dominicana. O menor deles, El Salvador, tem apenas 21.000 km²; o maior, a Nicarágua, mal passa dos 120.000 km².
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São bem pequenos, pequeninos, quando comparados, em área e população, com a gigantesca China. Ficam aquém da nação asiática também no tocante a riquezas naturais e minerais.
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Pois, aqueles que buscam informações para além das manipulações e mentiralhadas divulgadas pelos órgãos da mídia hegemônica e da educação oficial, sabem que, ao longo da história, os Estados Unidos intervieram em todos esses pequenos países para evitar que neles pudessem vingar projetos nacionais de desenvolvimento, independentes, autônomos, soberanos.
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Em alguns desses países foram várias as intervenções, inclusive com a imposição de ditaduras explícitas, das mais assassinas já registradas. Qual a justificativa para tantas intervenções? Tais países seriam um perigo para os EUA, ao se desenvolverem poderiam invadir o grande país do norte que é quase tão grande quanto a China?
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Nenhuma resposta certa. A questão é de poder. Se um único desses países demonstrar que teve sucesso pleno ao retirar a canga que Estados Unidos e Europa lhes impuseram por séculos, se tornará um “mau exemplo” irresistível para os demais. Os povos dos demais países pequenos também quererão experimentar um caminho autônomo, soberano, independente.
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E aí, meu chapa, vai acontecer algo como o tal “efeito dominó”, ou seja, país a país passará a expelir essa canga fazendo com que o poder dos EUA e da Europa comece a esmaecer inapelavelmente. É essa a verdadeira razão pela qual nem um país diminuto como El Salvador pode sair do cativo rebanho de ovelhas cordatas.
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Agora, imaginemos o que ocorre do outro lado do espectro. Um país gigantesco como a China, ao investir nas potencialidades de seu povo, vai, como já está a acontecer, rapidamente se desenvolver e se tornar forte competidor dos EUA e da Europa.
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Ora, se grande crise vivida pelo capitalismo – de superprodução enquanto a capacidade de consumo não cresce na mesma proporção -, está a exigir o desmantelamento, a eliminação de parques produtivos para reduzir a competição, como é que os “donos do mundo” vão poder aceitar passivamente a ascensão de um competidor de tamanho peso como a China?
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De tudo farão para minar essa ascensão, até mesmo recorrer à guerra. Assim, sinto dizer isto, mas os chineses precisam “botar as barbas de molho”, pois o ocidente “democrático” e “respeitador” do direito dos povos à autodeterminação não vai descansar enquanto não jogar a China de volta à condição secular de subjugação em que se encontrava antes da grande Revolução Popular chefiada por Mao.