Israel comunicou a vários estados árabes o interesse em criar uma zona de segurança no lado palestino da fronteira de Gaza, conforme relatado pela Reuters.
Essa proposta faz parte de um plano mais abrangente para a região pós-conflito, conforme fontes egípcias e regionais.
Egito, Jordânia e Emirados Árabes Unidos, que normalizaram relações com Israel em 2020, foram informados, assim como a Arábia Saudita, que não possui laços diplomáticos com Israel. A Turquia, embora não seja árabe, também recebeu a informação.
Essa iniciativa não indica um término iminente da ofensiva israelense, mas evidencia a busca de Israel por apoio além dos mediadores árabes tradicionais, como Egito ou Catar, na construção do futuro de Gaza. Nenhum estado árabe demonstrou disposição para administrar Gaza, e a maioria condenou fortemente a ofensiva israelense, que causou mais de 15.000 mortes e destruiu vastas áreas urbanas.
O conselheiro de política externa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Ophir Falk, afirmou que “o plano é mais detalhado do que apenas uma zona de segurança” e envolve três etapas: destruição do Hamas, desmilitarização de Gaza e desradicalização do enclave. Ele não forneceu detalhes adicionais sobre como a zona de segurança se encaixaria nesse processo.
A proposta agora está sendo apresentada aos estados árabes como parte dos planos de segurança de Israel para a região, em um contexto em que os Estados Unidos se opõem a qualquer plano que reduza o território palestino. Países como Jordânia e Egito expressam preocupações de que Israel possa buscar a expulsão dos palestinos de Gaza, semelhante ao deslocamento de terras ocorrido em 1948.
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