O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, recusou um pedido de um grupo de senadores que buscavam a revogação do sigilo sobre as mensagens trocadas entre o ex-procurador-geral da República Augusto Aras e empresários alinhados ao governo Bolsonaro.
Os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES) apresentaram o pedido. Os empresários em questão foram alvos de uma operação da Polícia Federal devido às suas posições favoráveis a um golpe em caso de vitória de Lula nas eleições de 2022.
Uma reportagem do UOL revelou que mensagens interceptadas pela PF sugerem que a cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) teria sido influenciada a agir em prol da proteção do dono da construtora Tecnisa, Meyer Nigri, após um pedido direto do empresário a Aras.
Ao rejeitar a solicitação, Moraes argumentou que o sigilo se configura como uma “medida indispensável neste momento”, sendo uma “necessidade para o cumprimento de numerosas diligências, análise de documentação e atos que demandam a imposição de sigilo”.
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