A censura imposta por Moro e aliados contra a Globo do Paraná

Agência Câmara

Aliados do senador e ex-juiz Sérgio Moro (União) e do ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo), o atual presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), e o ex-deputado estadual Plauto Miró (União Brasil) obtiveram uma decisão judicial para restringir reportagens da Globo e do Jornal Plural relacionadas a denúncias de corrupção envolvendo ambos.

A liminar foi concedida pela juíza Giani Maria Moreschi, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), impondo ao portal G1, à RPC (afiliada da TV Globo no Paraná) e ao portal Plural a obrigação de retirar do ar as reportagens que abordavam uma delação premiada envolvendo Traiano e Miró em um caso de propina em uma licitação da TV Icaraí, afiliada da Band no estado. A multa por descumprimento é de R$ 50 mil por dia.

A magistrada também proibiu os veículos de veicularem novas reportagens sobre o caso, alegando que o processo está em segredo de justiça. Ela afirmou que a decisão não configura “censura ou violação da liberdade de imprensa”, argumentando que se trata apenas de uma impossibilidade temporária de divulgação de informações contidas em um processo judicial que tramita em segredo de justiça. Alegou ainda que a informação foi divulgada ilicitamente e está sob investigação para fins de responsabilização.

Em um editorial, Rogério Galindo, do Jornal Plural, lamentou a decisão e expressou convicção de que a Justiça reverterá em breve a sentença da magistrada paranaense. “O Plural lamenta a decisão e tem a convicção de que, em nome da liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal, o Judiciário irá em breve reverter essa liminar. O assunto é de grande relevância para todos os cidadãos paranaenses e merece a devida publicidade”, afirmou. A Globo não se pronunciou.

Com informações da Fórum

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