Rádio Internacional da China – O Museu Britânico, conhecido como um dos museus de maior renome mundial, está situado na Praça Russell de Londres, no Reino Unido. Dos mais de oito milhões de itens de seu acervo, a grande maioria vem de outros países. Ao longo dos anos, muitas nações exigiram constantemente a devolução das relíquias culturais saqueadas, incluindo a Grécia.
No dia 26 deste mês, o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, deu início a uma visita oficial ao Reino Unido. Em entrevista exclusiva à BBC, Mitsotakis pediu ao Museu Britânico a devolução das esculturas do Pártenon, afirmando que não há controvérsia sobre sua propriedade. Ele ressaltou que as esculturas pertencem à Grécia e foram roubadas.
O país não é a única vítima quanto ao escamoteamento de patrimônio cultural. O Reino Unido foi a potência europeia com o maior número de colônias ultramarinas. O Museu Britânico se assemelha mais a uma sala de exposições dessa história colonial, na medida em que a maioria de suas coleções, incluindo 23 mil artefatos chineses, testemunham a pilhagem além-mar da ex-metrópole.
De acordo com as estatísticas incompletas da UNESCO, a China perdeu pelo menos 1,64 milhão de suas relíquias culturais que estão fora do país. O Museu Britânico é uma das instituições com a maior coleção de tais itens, contando com exemplares em quase todas as categorias de arte, e abrangendo toda a história chinesa. Alega-se que a titularidade britânica dessas antiguidades tem origem “legítima”, mas suas verdadeiras fontes são a guerra, o roubo e as compras no mercado sujo, e a maioria delas foi perdida nos mais de 100 anos desde a Guerra do Ópio até a fundação da República Popular da China.
Vários países, incluindo a China, têm feito esforços incessantes para recuperar as relíquias culturais saqueadas, mas o Reino Unido sempre se recusou a devolvê-las sob o pretexto de “proteger a segurança dessas antiguidades”. Em 1963, o Parlamento também alterou a Lei do Museu Britânico, a fim de formalizar, sob a forma de legislação, a proibição de devolver tal patrimônio cultural.
Em agosto deste ano, cerca de dois mil tesouros do Museu Britânico estavam desaparecidos, e alguns deles até foram vendidos na internet. Isso colocou a instituição em uma crise de credibilidade, e sua capacidade de “proteger a segurança de relíquias culturais” foi questionada. A China e outros países voltaram a apelar pela devolução desses itens.
As relíquias culturais representam a continuidade da cultura de um país e de um povo, incorporando suas emoções históricas e memórias culturais. Ao longo dos anos, muitos países nunca deixaram de reivindicar o patrimônio saqueado pelo Museu Britânico e pelo governo da Grã-Bretanha, de forma a proteger sua herança cultural e liquidar os resquícios do passado colonial. Isso essencialmente consiste em parte do movimento internacional de luta contra o colonismo. O Reino Unido deve responder às exigências legítimas dos Estados demandantes e devolver o patrimônio cultural escamoteado o mais cedo possível.
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