A mensagem proferida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante um significativo evento na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas – a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ressoou com a urgência de engajamento.
Em um diálogo franco com representantes de 135 entidades da sociedade civil brasileira, Lula enfatizou a necessidade imperativa de não apenas reivindicar, mas também participar ativamente na formulação de ações.
O alerta ecoou alto: a ameaça do ressurgimento da extrema direita não é exclusiva do Brasil, mas se estende a muitos outros países. Lula convocou os presentes a transcenderem o papel de meros reivindicadores, transformando-se em agentes formuladores e participativos. A participação ativa, segundo ele, é a chave para evitar a ascensão de forças políticas extremistas.
Durante o encontro, porta-vozes de diversas entidades, como Dinaman Tuxá da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kátia Penha, ativista ambiental quilombola, Marcele Oliveira, representante da juventude brasileira, e Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, compartilharam suas preocupações e propostas.
Os temas abordados incluíram a proteção de territórios indígenas e quilombolas, a criação de um Conselho Nacional pela Ação Climática e Meio Ambiente e o alerta sobre as consequências mortais das mudanças climáticas.
Lula expressou comprometimento em enfrentar os desafios ambientais, garantindo o acesso dos povos indígenas a seus territórios. O evento, organizado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, com a participação de ministros, foi descrito como histórico por Dinaman Tuxá, que destacou a singularidade de dialogar e construir políticas ambientais de forma conjunta com o chefe de Estado.
Ao assumir a presidência do G20, Lula manifestou o desejo de envolver a sociedade civil nas discussões desse grupo de destaque, composto pelas principais economias do mundo. Ele enfatizou a importância do fortalecimento da democracia para a eficácia das reivindicações e alertou sobre a necessidade de compreender o papel vital desse fortalecimento nas futuras eleições e na aprovação das demandas apresentadas pelos movimentos sociais.