O Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou um aumento de 1,9 ponto em novembro, atingindo 92,7 pontos, marcando a primeira elevação após quatro meses consecutivos de declínio, conforme divulgado pelo FGV/Ibre nesta terça-feira (28).
Em uma análise de médias móveis trimestrais, o índice apresentou um avanço de 0,4 ponto, alcançando 91,5 pontos. Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre, atribuiu o resultado positivo do mês a uma percepção otimista da situação atual, impulsionada pela gradual melhoria da demanda e pelo movimento de escoamento de estoques, embora estes ainda estejam longe de atingir uma normalidade.
Pacini ponderou que é prematuro afirmar se o aumento observado em novembro será o início de uma nova tendência ou uma acomodação após uma sequência de quedas. Ele destacou que, no âmbito macroeconômico, as taxas de juros e o endividamento começam a diminuir, mas ainda persistem em níveis elevados, tornando desafiador atribuir a esses movimentos algum impacto na percepção de demanda pelas empresas do setor.
No mês de novembro, houve uma melhoria na confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. Esse resultado reflete uma recuperação tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) registrou um avanço de 2,4 pontos, atingindo 93,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve uma elevação de 1,3 ponto, alcançando 92,1 pontos, marcando a primeira alta desde junho passado.
No que diz respeito aos componentes do índice corrente, destaca-se que o ISA foi influenciado principalmente pelo indicador que mede o nível de estoques, apresentando uma redução de 5,2 pontos no mês, atingindo 107,1 pontos.
Quando este indicador ultrapassa os 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos. Em uma tendência semelhante, o indicador que mede o nível atual de demanda aumentou 1,6 ponto, alcançando 93,5 pontos, enquanto o indicador da situação atual dos negócios permaneceu estável em 94,0 pontos.
Em relação às expectativas, todos os indicadores apresentaram melhorias. O indicador que mede o ímpeto de contratações teve um aumento de 2,5 pontos, atingindo 96,8 pontos. Em menor escala, os indicadores que avaliam as perspectivas para a produção nos três meses seguintes e a tendência dos negócios nos seis meses seguintes tiveram elevações de 0,8 e 0,4 ponto, respectivamente, alcançando 90,9 e 89,0 pontos. Apesar das melhorias, todos os componentes do IE permanecem abaixo dos 100 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) permaneceu relativamente estável em novembro, registrando um aumento de 0,1 ponto percentual, alcançando 80,9%.
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