RT – A China está disposta a permitir ‘muito espaço’ para a reunificação pacífica com Taiwan, mas não tolerará atividades separatistas, advertiu o porta-voz do governo Chen Binhua na segunda-feira. O oficial estava respondendo a comentários de políticos pró-independência taiwaneses antes de uma eleição presidencial na ilha autônoma.
Segundo relatos da mídia, Lai Ching-te e Hsiao Bi-khim, ambos do Partido Progressista Democrático, atualmente no poder em Taiwan, afirmaram recentemente que a ilha continua ameaçada por um ataque do continente.
Lai, que se autodenomina um ‘trabalhador pela independência de Taiwan’, está em campanha para as eleições presidenciais de janeiro e escolheu Hsiao, ex-enviada aos EUA, como sua companheira de chapa.
Chen, que é porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, disse que Pequim não mostrará leniência para com as forças em Taiwan se promoverem o separatismo.
Ele citou a Lei Antisecessão de Pequim de 2005, que reiterou que a China vê Taiwan como uma parte inalienável de seu território. A legislação permite que Pequim empregue meios arbitrários, não pacíficos, para alcançar a unificação com a ilha, que é autogovernada desde 1949 e os dias da Guerra Civil Chinesa.
“Quero enfatizar que a independência de Taiwan significa guerra”, declarou Chen ao condenar Lai e Hsiao como separatistas. Ele ainda acusou a dupla de distorcer os fatos e minimizar os riscos de atividades separatistas para enganar os eleitores antes da eleição de 2024.
Em uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, na Califórnia, no início deste mês, o líder chinês Xi Jinping advertiu que Taiwan potencialmente permanece a questão mais perigosa nas relações entre Washington e Pequim.
Sob a Lei de Resiliência Reforçada de Taiwan de 2022, o governo dos EUA está autorizado a gastar até 2 bilhões de dólares por ano em assistência militar para a ilha de 2023 a 2027. Enquanto isso, Taiwan tem mais de 14 bilhões de dólares em equipamentos militares dos EUA encomendados.