Lula fecha acordo de quase R$50 bilhões com Arábia Saudita

RICARDO STUCKERT


O governo saudita e o Brasil fecharam um acordo para investimentos no Brasil até 2030. O investimento é de US$ 9 bilhões (R$ 43,9 bilhões) e será aplicado principalmente nas áreas previstas no Novo PAC. Os dois governos ainda projetam mais que dobrar o comércio bilateral até o final da década, e Riad abrirá um escritório de investimentos em São Paulo, a InvestSaudi.

A Embraer assinou três acordos de cooperação com o governo e empresas sauditas nas áreas de aviação civil, defesa e segurança, e mobilidade aérea urbana. Ontem, o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, se reuniu com Lula.

“Os dois discutiram o fortalecimento das relações bilaterais, investimentos nas duas direções e oportunidades para empresas nacionais no país árabe”, afirmou o Planalto.

Entre os setores de interesse estão projetos na área de energia limpa, hidrogênio verde, defesa, ciência e tecnologia, agropecuária e aportes em infraestrutura conectados ao Novo PAC. Segundo o governo, a Arábia Saudita tem objetivos de sustentabilidade que envolvem a produção de 90 GW de energia limpa, até 2030, tanto dentro quanto fora do país.

“O Brasil é um dos países com maior potencial para receber investimentos com esse fim, em energias renováveis, como o hidrogênio verde”, diz a nota do governo.

De acordo com o governo, Lula convidou o líder saudita a visitar o Brasil e conhecer a Amazônia. Os dois líderes ainda projetam que as transações comerciais entre os dois países possam saltar dos atuais US$ 8 bilhões (R$ 39 bilhões) para US$ 20 bilhões (R$ 97,4 bilhões) até 2030.

Uma nova diplomacia

Sem nenhuma dúvida a diplomacia brasileira deu um salto de qualidade em 2023 com a volta de Lula ao governo. O terceiro governo Lula, que se estenderá até 2026, tem como objetivo recuperar o terreno perdido pelo Brasil no cenário internacional. De acordo com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), a política externa do governo Lula deve se concentrar em temas como a paz e segurança mundiais, o multilateralismo econômico e a integração regional, além da recuperação de terreno na agenda ambiental. O governo Lula também planeja se reaproximar de países como Argentina, Estados Unidos e China, com o objetivo de fortalecer as relações bilaterais e multilaterais.

O governo Lula também pretende recuperar a imagem do Brasil no cenário internacional, após o período de isolamento internacional vivido pelo país durante o governo anterior. O governo Bolsonaro, que antecedeu o governo Lula, foi marcado por uma política externa controversa e agressiva, que levou o Brasil a se afastar de seus parceiros históricos e a se isolar no cenário internacional. O governo Lula, por sua vez, pretende adotar uma política externa mais pragmática e equilibrada, que leve em consideração os interesses nacionais do Brasil e que busque o diálogo e a cooperação com outros países.

Fontes:

[1]: https://www.cebri.org/revista/br/artigo/73/perspectivas-da-diplomacia-no-terceiro-governo-lula-2023-2026
[2]: https://bing.com/search?q=diplomacia+brasileira+Lula+volta+ao+governo+2023
[3]: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-64032654
[4]: https://www.dw.com/pt-br/as-primeiras-a%C3%A7%C3%B5es-do-novo-governo-de-lula/a-64267057
[5]: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/11/29/sauditas-fecham-acordo-com-embraer-e-avalia-investimentos-no-novo-pac.htm

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