Quase um mês depois da publicação do decreto que determinou a sua criação, a Diretoria de Proteção Pessoal (DPP), criada em conjunto com ex-servidores da Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial (Sesp), Casa Civil e Ministério da Justiça, finalmente começou a funcionar nesta terça-feira (28).
A diretoria formaliza a inclusão da Polícia Federal no esquema de segurança do presidente, familiares e membros do governo, além de autoridades estrangeiras, além de reduzir a participação dos militares em certos aspectos.
A “estreia” da diretoria foi gatilho para que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Amaro, mais uma vez, conforme já noticiado nesta coluna, fizesse o que faz de melhor: provocar a Polícia Federal.
Lula mal botou os pé para fora do Brasil e Amaro, como de hábito, já deu diversas declarações para a imprensa negando que a PF faria parte da segurança presidencial, mesmo com um decreto assinado e publicado dizendo o contrário.
Amaro afirmou nesta segunda-feira (27) que a segurança do presidente Lula está sendo realizada totalmente pelos agentes do órgão que comanda, sem a participação da PF. O que é uma mentira flagrante.
A lista de membros da comitiva do presidente Lula, obtida com exclusividade pela coluna e populada também pelo ministro Carlos Favaro, revela sim que existem agentes da PF, entre eles, Alexsander Castro, delegado da PF e chefe da segurança pessoal do presidente.
Segundo uma das fontes da PF ouvida pela coluna, “parece que eles [os militares] estão fazendo questão de afrontar a própria decisão do presidente da República, que definiu o modelo da sua segurança como sendo híbrido”.
E ao que tudo indica, essa perseguição dos militares aos agentes da PF está longe de acabar.