Com alta dos alimentos, IPCA-15 de novembro sobe para 0,33%
Publicado em 28/11/2023 – 09h29 | Atualizado em 28/11/2023 – 13h04
Por Irene Gomes – Editoria Estatísticas Econômicas – IBGE
Agência de Notícias IBGE — A prévia da inflação ficou em 0,33% em novembro, 0,12 ponto percentual (p.p.) maior que a de outubro, quando variou 0,21%. O resultado foi bastante influenciado pela alta no grupo Alimentação e bebidas (0,82%), que representou 0,17 p.p. do índice geral. No entanto, o maior impacto individual foi registrado pelo subitem passagem aérea (0,16 p.p.), que aumentou em 19,03%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado hoje (28) pelo IBGE.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses é de e 4,84%, abaixo dos 5,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2022, a taxa foi de 0,53%.
Entre os nove grupos pesquisados, oito registraram alta em novembro. No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 1,06% em novembro, após cinco quedas consecutivas. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (30,61%), da batata-inglesa (14,01%), do arroz (2,60%), das frutas (2,53%) e das carnes (1,42%). Por outro lado, o feijão-carioca (-4,25%) e o leite longa vida (-1,91%) caíram de preços.
Outros grupos que se destacaram entre as altas foram Despesas pessoais (0,52%) e Transportes (0,18%), que contribuíram com, respectivamente, 0,05 p.p. e 0,04 p.p.
O grupo Despesas pessoais foi influenciado pelas altas do pacote turístico (2,04%), da hospedagem (1,27%) e do serviço bancário (0,63%). Já nos Transportes, além da passagem aérea, que subiu 19,03% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,16 p.p.), destaca-se também o subitem táxi, com alta de 2,60%. Por outro lado, os combustíveis caíram (-2,11%), com redução os preços do etanol (-2,49%), gasolina (-2,25%) e no gás veicular (-0,57%), enquanto o óleo diesel (1,12%) subiu.
Os outros grupos registraram os seguintes resultados: Habitação, variação de 0,20% e impacto de 0,03 p.p.; Artigos de residência, 0,24% e 0,01 p.p.; Vestuário, 0,55% e 0,03 p.p.; Saúde e cuidados pessoais, 0,08% e 0,01 p.p.; Educação, 0,03% e 0,00 p.p. e Comunicação, -0,22% e -0,01 p.p., que recuou pelo terceiro mês consecutivo.
Brasília registra a maior alta e Salvador, o maior recuo
Quanto aos índices regionais, nove áreas tiveram alta em novembro. A maior variação foi registrada em Brasília (0,61%), por conta das altas da passagem aérea (13,47%) e da energia elétrica residencial (6,70%). Já o menor resultado ocorreu em Salvador (-0,12%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-4,00%)
Mais sobre a pesquisa
Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 14 de outubro a 14 de novembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de setembro a 13 de outubro (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Veja os resultados completos no Sidra. A próxima divulgação do IPCA-15, referente a novembro será em 28 de dezembro.