O Grupo Globo, que ao longo de sua trajetória ficou publicamente conhecido pela narrativa violenta em relação a Petrobrás e, por osmose, contra a soberania e independência energética do Brasil, reafirmou seu posicionamento virulento nesta segunda-feira, 27, por meio de mais um editorial contrário aos interesses nacionais.
Em uma passagem do texto, o conglomerado se opõe aos investimentos da Petrobras em refinarias, uma medida que potencialmente permite ao nosso país um maior abastecimento e controle sobre os preços dos derivados de petróleo – como a gasolina e o diesel – no mercado interno.
Ao também atacar os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o editorial cita os US$ 16 bilhões direcionados ao setor de refino, uma área que a estatal vinha gradualmente desmontando com a privatização de refinarias.
Logicamente, que essa injeção de recursos na Petrobras é considerada necessária e estratégica para que a estatal recupere sua competitividade no mercado brasileiro de combustíveis. Mas o editorial venenoso da Globo não apenas destaca de forma negativa a suspensão das privatizações, mas também ataca a expansão planejada no setor de refino.
“Além dos projetos do PAC, estão lá US$ 16 bilhões destinados a refino, área que a estatal vinha abandonando com a privatização de refinarias, necessária para trazer competição ao mercado brasileiro de combustível. Não apenas as privatizações foram suspensas, mas agora o refino deverá ser ampliado”, ataca o editorialista.
O posicionamento do grupo pertencente a família Marinho vai além, manifestando-se contrário a produção nacional de sondas, navios e plataformas, uma iniciativa que gera centenas de milhares de empregos para os brasileiros, em vez de ser direcionada a trabalhadores e engenheiros de outros países como os EUA.
Vale lembrar que em agosto o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou que a petrolífera brasileira investiria em 47 projetos do PAC. Na ocasião, Prates também revelou que o financiamento da estatal geraria uma encomenda interna de 25 navios e afretamento de 11 outras embarcações. “Vamos lotar nossos estaleiros de novo”, declarou a época.
Mas voltando ao editorial, a Globo ressalta a perspectiva do governo em utilizar o poder de compra da Petrobras para financiar um programa visando à substituição de importações de navios e plataformas em alto-mar.
Por fim, fica cristalino no editorial que o Grupo Globo continuará pressionando o governo do presidente Lula a manter altos dividendos para os acionistas privados, sustentar os preços elevados para o povo brasileiro e manter níveis rídiculos de investimento, situação em que a Petrobras ficou submetida nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.