Lista de 17 pessoas inclui 14 israelenses e três tailandeses. Em troca, Israel libertou 39 prisioneiros palestinos.
Publicado em 26/11/2023
DW — O Hamas libertou na tarde deste domingo (26/11) o terceiro grupo de reféns, sendo 14 israelenses – nove menores, quatro mulheres e um homem- e três tailandeses. Da mesma forma que nos dois dias anteriores, o grupo foi entregue à Cruz Vermelha Internacional. Em troca, Israel libertou 39 prisioneiros palestinos.
Desta vez, a lista de libertos do Hamas incluiu uma pessoa com dupla nacionalidade israelense-russa, como um gesto do Hamas para o Kremlin, e uma criança com dupla nacionalidade israelense-americana. De acordo com a Casa Branca, trata-se de uma menina chamada Abigail, de quatro anos, que teve os pais mortos no ataque de 7 de outubro.
O acordo entre Israel e o Hamas foi intermediado por Catar, Egito e Estados Unidos e prevê uma trégua de quatro dias nos combates para a troca de 50 reféns israelenses por 150 prisioneiros palestinos, além da entrada diária de 200 caminhões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Na sexta-feira, o primeiro dia da trégua, o Hamas libertou 13 reféns israelenses – além de dez tailandeses e um filipino – enquanto Israel soltou 39 prisioneiros.
No sábado, após sete horas de atraso e de acusações do Hamas de que Israel estaria violando o acordo, mais 13 reféns israelenses – cinco mulheres e oito crianças – e quatro tailandeses foram soltos.
Em 7 de outubro, combatentes do grupo radical islâmico Hamas cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e mataram 1.200 pessoas, sequestrando cerca de 240, segundo números do governo israelense. O ataque deu início ao atual conflito na Faixa de Gaza.
Também neste domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netayahu, esteve na Faixa de Gaza pela primeira vez desde o início do atual conflito.
Ele garantiu que suas tropas retomarão a ofensiva após o cessar-fogo até que o grupo radical seja “eliminado”.
“Temos três objetivos para essa guerra: eliminar o Hamas, recuperar todos os nossos reféns e garantir que a Faixa de Gaza não se torne novamente uma ameaça ao Estado de Israel”, declarou Netanyahu, que percorreu um túnel do Hamas.
O local exato em que Netanyahu esteve na Faixa de Gaza não foi divulgado, mas foram publicadas fotos e um vídeo do primeiro-ministro usando capacete e colete à prova de balas em meio às tropas israelenses.
“Continuaremos até o fim, até a vitória. Nada nos deterá e estamos convictos de que temos o poder, a força, a vontade e a determinação para atingir todos os objetivos da guerra, e nós o faremos”, acrescentou, de acordo com um comunicado do seu gabinete.