Circula na imprensa que o senador Jaques Wagner (PT) seria simpático à PEC 55/2023, que destina 2% do PIB aos militares, e que o senador estaria trabalhando para ser o relator da proposta no Senado.
A assessoria do senador negou que Jaques seja à favor ou contra a proposta e que até o momento ele não se debruçou no texto e o que ele sabe é basicamente o que está no site do senado federal de forma bem preliminar sem uma análise aprofundada. Além disso, até o momento, não há qualquer articulação por parte do senador para que ele seja o relator da proposta.
A coluna passou a semana conversando com membros das lideranças do governo no Senado próximas dos senadores Fabiano Contarato (PT), Randolfe Rodrigues (Rede), líder do PT no Senado, e líder do governo no Congresso Nacional, respectivamente, ou de demais senadores. Todos foram enfáticos em dizer que, até o momento, a PEC sequer chegou a ser motivo de discussão ou ser pautada.
Na bancada petista, a matéria sequer entrou em discussão para definição do senador Contarato. E ainda há a suspeita de que tais especulações venham da própria oposição ou até mesmo do Ministério da Defesa, ambos interessados em aprovar a matéria.
Pode ser que, no futuro, o senador pegue a relatoria da PEC 55/2023? Sim. Mas, hoje, nem mesmo a bancada do partido do senador pautou o assunto. Também conforme apurado pela coluna, não há uma articulação do governo sobre o assunto, que, agora, tem problemas e questões mais importantes para se preocupar.
Ainda assim a situação causou o estranhamento de fontes na base governista do senado que acham estranho essas “idas e vindas” e as informações desencontradas que andam circulando por aí. E até por conta da “surpresa” que Jaques Wagner causou na votação da PEC que limita ações do STF há certa desconfiança sobre este tema.