Ontem, na quinta-feira (23), um dia após a tumultuada votação da PEC que limita ações do STF ser aprovada no Senado com votos governistas, houve uma reunião envolvendo senadores, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o economista Guilherme Mello, para tratar da conjuntura política e econômica.
A reunião, marcada há dias, tratou de assuntos mais comezinhos e todos, em certa medida, ignoraram o bode na sala, que foi o voto do senador Jaques Wagner em defesa da PEC e que desencadeou uma verdadeira crise.
O único fato que merece ser noticiado nessa reunião é que Jaques Wagner ficou pouco tempo na reunião, saindo de lá quando Gleisi estava chegando. Eles se cumprimentaram, mas nada além disso.
Embora a presidente do PT ainda não tivesse criticado o voto do senador publicamente, internamente já era conhecida a contrariedade da deputada com o rumoroso e destrambelhado voto.
Depois da saída do senador, o assunto foi rapidamente abordado pelos presentes. Gleisi apenas disse tudo que, posteriormente, disse aos jornalistas.
Aos jornalistas, Gleisi disse que o voto foi um erro.
“Nós acreditávamos que aquilo não era oportuno de ser discutido e que, na verdade, servia aos interesses da extrema-direita, que queria que a investigação sobre os atos antidemocráticos não acontecessem, não chegassem aos devidos culpados. Então, nós sempre tivemos posição clara. Ontem o PT votou claro, votou contra.” Disse a deputada.