Gleisi chega e Jaques saí

Após visitar Lula, Jacques Wagner e a Gleisi Hoffmann foram até o Acampamento Lula Livre, à 100 metros da Polícia Federal. - Foto: Joka Madruga

Ontem, na quinta-feira (23), um dia após a tumultuada votação da PEC que limita ações do STF ser aprovada no Senado com votos governistas, houve uma reunião envolvendo senadores, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o economista Guilherme Mello, para tratar da conjuntura política e econômica.

A reunião, marcada há dias, tratou de assuntos mais comezinhos e todos, em certa medida, ignoraram o bode na sala, que foi o voto do senador Jaques Wagner em defesa da PEC e que desencadeou uma verdadeira crise.

O único fato que merece ser noticiado nessa reunião é que Jaques Wagner ficou pouco tempo na reunião, saindo de lá quando Gleisi estava chegando. Eles se cumprimentaram, mas nada além disso.

Embora a presidente do PT ainda não tivesse criticado o voto do senador publicamente, internamente já era conhecida a contrariedade da deputada com o rumoroso e destrambelhado voto.

Depois da saída do senador, o assunto foi rapidamente abordado pelos presentes. Gleisi apenas disse tudo que, posteriormente, disse aos jornalistas.

Aos jornalistas, Gleisi disse que o voto foi um erro.

“Nós acreditávamos que aquilo não era oportuno de ser discutido e que, na verdade, servia aos interesses da extrema-direita, que queria que a investigação sobre os atos antidemocráticos não acontecessem, não chegassem aos devidos culpados. Então, nós sempre tivemos posição clara. Ontem o PT votou claro, votou contra.” Disse a deputada.

Cleber Lourenço: Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_
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